problemas do estacionamento dos residentes no centro de Ponta Delgada

Iniciativa Liberal propôs solução para resolver problemas do estacionamento dos residentes no centro de Ponta Delgada
A Iniciativa Liberal na Assembleia Municipal de Ponta Delgada no passado dia 29/12/2022, apresentou uma proposta de alteração ao Regulamento das Zonas de Estacionamento de Duração Limitada no centro da Cidade que pretendia resolver os problemas registados pelos moradores da baixa, mas o PSD chumbou.
“Garantir o estacionamento aos moradores do centro de Ponta Delgada é uma medida de promoção do combate à desertificação do centro Cidade, mas, por incrível que possa parecer, o PSD diz uma coisa e na hora de a poder executar vota contra. Também os Presidentes das Juntas de Freguesia do núcleo urbano, que identificam este problema da falta de estacionamento para os moradores da cidade, agora que podiam ter introduzido melhorias no regulamento votaram contra, porque votar ao lado do Sr. Presidente da Câmara e contra os seus fregueses é mais fácil”, criticou o eleito liberal.
Em cima da mesa, na reunião ordinária da Assembleia Municipal de Ponta Delgada, estava uma recomendação da IL para que fosse revisto o Regulamento Municipal das Zonas de Estacionamento de Duração Limitada (RZEDLPD), documento que data de 2004 e que, no entender dos liberais, carecia da introdução de melhorias, nomeadamente no que toca aos problemas registados pelos moradores da baixa pontadelgadense.
“O atual regulamento já foi publicado em 2004 e encontra-se claramente desajustado das novas realidades verificadas nas zonas históricas e confluentes a estas, nomeadamente no que concerne ao acesso a lugares de estacionamento automóvel por parte dos residentes no centro da Cidade. Hoje em dia, viver no centro é complicado, porque nada garante que ao chegar a casa com crianças ou compras, precisando efetuar uma mudança ou outra qualquer situação se tenha estacionamento livre”, explicou a representação da IL.
“Os moradores no centro da Cidade passam a vida a disputar os poucos lugares disponíveis com os turistas ou com residentes de outros locais da ilha que utilizam aqueles lugares para tratar de algum assunto na Cidade. Para além disso, a Autarquia entendeu não atribuir mais cartões de residente por alegado excesso das quotas calculadas em anos anteriores”, o que dificulta o acesso às moradias.
Ora, a recomendação apresentada pela Iniciativa Liberal visava uma revisão geral do RZEDLPD, propondo que: “os titulares de cartão de morador pudessem utilizar, gratuitamente, todos os lugares de estacionamento que se encontrem concessionados e que distem menos de 500 metros do local da sua residência; fossem disponibilizados dois cartões de morador por agregado familiar, sem qualquer tipo de condicionalismo; a atribuição do cartão de morador fosse disponibilizada no prazo máximo de 30 dias, após a submissão da documentação”.
Colocada à votação, a proposta da IL apenas obteve os votos a favor do PS: “Infelizmente esta recomendação foi chumbada pelo voto em bloco de todos os autarcas associados ao PSD, nomeadamente os deputados municipais e Presidentes de Junta. O Bloco de Esquerda e os Presidentes de Junta independentes (Santa Clara e Candelária) abstiveram-se. Fica provado, com esta votação, que as Juntas de Freguesia do núcleo urbano de Ponta Delgada, afetas ao PSD (São Pedro, São Sebastião e São José), apesar de identificarem aos seus eleitores que pretendem resolver o problema de estacionamento, que tanto aflige os residentes da Cidade, quando chamados a intervir assumem uma postura de votação em bloco contrária aos interesses que publicamente advogam. Agora que podiam ter introduzido melhorias no regulamento votaram contra, porque votar ao lado do Sr. Presidente da Câmara e contra os seus fregueses é mais fácil”, lamentou a representação da Iniciativa Liberal.
“Esta era uma medida bastante sensata e ponderada e poderia até resultar em maior valor de receitas para a Câmara Municipal de Ponta Delgada”, disse ainda o eleito liberal.
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queijaria tradicional fecha no Pico

Queijaria tradicional Alfredo no Pico fechou portas no início deste ano
A Queijaria Alfredo, na ilha do Pico, encerrou a sua actividade no início do ano. Com mais de 50 anos de história, a empresa familiar situada na Criação Velha, era uma das últimas queijarias da ‘ilha montanha’ a dedicar-se ao fabrico de queijo tradicional com leite cru. O seu proprietário, José Pereira, avançou ao Correio dos Açores que a principal razão para o encerramento da queijaria está relacionada com “questões de saúde”. Para além disso, o proprietário desta empresa lamenta igualmente a falta de apoio do Governo Regional tendo em conta as dificuldades relacionadas com o brutal aumento dos custos de produção.
“Foi por motivos de doença e também pela forma como as coisas estão. Não dava para trabalhar e fazer apenas queijo do Pico. Não é viável hoje em dia ter aquela queijaria. (…) O ano passado deram-nos algum apoio devido à pandemia e este ano não foi dado nenhum. Subiram os preços em tudo e, no Pico, nem caminhos temos. Está tudo destruído e não há nada que justifique manter uma queijaria no Pico”, lamenta.
Reforçando que “não é possível manter uma fábrica apenas com um tipo de queijo”, José Pereira queixa-se também das dificuldades com que se deparava, nomeadamente as relacionadas com a falta de algumas condições básicas para laborar.
“Neste momento as queijarias nem têm água na freguesia que se possa tirar para levar para o mato. Nem há um posto em que possamos tirar água para lavar uma máquina. O único que existe está a céu aberto e não se pode tirar água de lá. O outro, é um furo de mar com 100 anos. Neste momento não há capacidade nem força para continuar”, salienta.
José Pereira refere que, ao contrário do que se poderia pensar, o leite não era um problema.
“Estava como sempre ou até com mais”, revela antes de voltar a frisar os problemas mais graves que enfrentava.
“Não tenho caminhos para andar e tenho de ir à Madalena buscar água. Assim não se justifica ter uma queijaria”, afirma.
O proprietário desta queijaria na ilha do Pico admite de seguida que o encerramento da empresa “foi uma decisão muito difícil porque em nasci com isto”.
“Foi sempre uma queijaria familiar. Nasceu de três irmãos, depois cada um fez a sua e eu fiquei com a do meu pai e sempre a trabalhar. Tenho 57 anos e, desde muito pequeno, que vim trabalhar com ele. A queijaria passou para o meu nome, mas mantive-a sempre com o nome do meu pai”, realça.
José Pereira revela que a Alfredo “chegava a produzir 170 queijos por dia” e que este era “um produto com muita saída”. O empresário destaca que, com o encerramento desta fábrica, “a Queijaria Leal é a única no Pico que fica a trabalhar com queijo cru”.
O proprietário afirma também que “todas as queijarias passam por dificuldades. As coisas subiram para preços elevados e o queijo não consegue acompanhar”. José Pereira realça, por outro lado, que o queijo produzido por si “não podia estar muito tempo dentro da fábrica. Tem de ser vendido logo de seguida porque não aplicamos aquela cera por fora”.
A finalizar, José Pereira considera que não existe “muito futuro para estas queijarias no Pico”.
“Não vejo a força que já houve em anos anteriores para que o queijo continue. Todas as fábricas fazem um queijo parecido à base de leite pasteurizado. Não é o tradicional queijo do Pico”, afirma.
Luís Lobão
May be an image of food
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  • Fernanda Serpa

    Recentemente perdeu muito a qualidade
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    • 2 h
  • Tiago Feitor

    Esta história repete-se em todos os Açores
    Negócios locais de famílias, erguidos do zero que ficam para a história de cada ilha.
    Mas, apesar de tudo, são negócios.…

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