A AICL teve dois anos difíceis mas continua a pugnar pela divulgação dos autores de matriz açoriana. Um dos seus grandes sucessos na área educacional têm sido os CADERNOS DE ESTUDOS AÇORIANOS e os seus suplementos, usados por escolas, politécnicos e universidades e por todos os que pretendem ter acesso à obra dos autores açorianos.
Assim, para facilitar mais esse acesso compilam-se todos os Cadernos de 2010 a 2021 no último número da
REVISTA DE ESTUDOS LUSÓFONOS, LÍNGUA E LITERATURA,
Neste nº 5 da Revista incluímos os 4 números anteriores da Revista com nº ISSN que albergam uma vasta seleção de comunicações e apresentações aos colóquios da lusofonia desde 2002 até 2020
As companhias Lufthansa e EasyJet vão anunciar nos próximos dias novas rotas sazonais (durante os meses do Verão deste ano) para a ilha do Porto Santo, no arquipélago português da Madeira, no Ocean…
DA NOITE DA MAIORIA ÀS NOITES DOS AÇORES E DO ALASCA
Mais uma eleição legislativa em Portugal em que finalmente houve vencedores claros e muitos vencidos, pela segunda vez o PS com maioria absoluta para distribuir as prebendas (como bem entender) do PPR, e se for inteligente, esvaziar os 7% de salvadores da pátria com cheiro a mofo salazarento e os liberais que desde 1832 sempre perderam todas as batalhas. A nível regional a “caranguejola” bem pode estremecer com estes resultados e se tiverem inteligência limpam os secretários e diretores regionais impostos pela coligação e que tão mal têm feito à governação. O CDS só sobrevive nas “ilhas adjacentes” com uma representação desproporcionada à vontade popular e o PSD regional tem de tomar decisões dolorosas para completar a legislatura.
Como ninguém na campanha se preocupou com os dois maiores problemas destas ilhas é melhor eu lembrar a quem nos governa que as medidas avulsas para combater a perda demográfica são meros paliativos que não combatem nem resolvem esse cancro. Como sempre escrevi, os açorianos votam com os pés, emigrando e numa terra de salários de miséria e de empresários sem tarelo, o trabalho mal remunerado e sem perspetivas futuras só pode levar a maior desertificação humana das ilhas mais pequenas incrementando a macrocefalia económica de São Miguel. O outro problema que ninguém debateu é mais preocupante que a sangria demográfica: 33507 pessoas (14.2%) da população açoriana não têm escolaridade. Uns adicionais 53 mil (22,4% dos 236440 habitantes) apenas têm o ensino básico. Como também venho escrevendo desde 2005 não há massa crítica nas ilhas nem material humano pensante capaz de promover o desenvolvimento económico e tirar-nos desta letargia de desenvolvimento, tradicionalmente assente em monoculturas (agora passamos da vacaria para o turismo). Investir na educação e formação contínua é essencial e já tarda depois de milhões esbanjados em empresas públicas e parapúblicas altamente deficitárias. Quem souber resolver o problema que ouse fazê-lo antes que sejamos absolutamente redundantes.
E porque cito o Alasca no título? Por ver várias séries (The last Alaskans, The last frontiier da KIlcher Family Homestead, e outras) em que as pessoas vivem em condições extremas por opção, livre escolha, desígnio ou tradição, em que têm de trabalhar arduamente para garantir o seu sustento animal (caça e pesca) e económico (venda de peles ou gado), vivendo sem a maioria dos confortos a que nos habituamos (eletricidade, casas de banho, água, distantes centenas de quilómetros da cidade ou vila mais próxima, dezenas de quilómetros sem vivalma), e tendo acesso exclusivo em avioneta nalgumas épocas do ano, rios traiçoeiros no verão ou gelados no inverno, cheios de ursos pardos ou pretos, alcateias de lobos e outros predadores em que o homem só está no topo da cadeia alimentar se tiver armas e pontaria afinada. Mas o ponto que queria ressalvar para o nosso caso é que muitos deles são licenciados, e quase todos têm, pelo menos a escolaridade, com uma cultura geral que me surpreende, além de que estão bem equipados para sobreviver a invernos nucleares e outros cenários apocalíticos. Nós aqui nestas nove ilhas, mal deflagre uma nova guerra ou uma grande crise, ficaremos isolados e famintos, sem importarmos tudo o que necessitamos e sem produzirmos a maior parte dos víveres essenciais. Outra coisa que não me surpreendeu e me fez inveja nesses habitantes do Alasca, em locais remotos sem vivalma, cumprem as quotas de pesca (seja halibute ou salmão) e de caça (alce, caribu, etc.) e não matam as fêmeas com crias para manter o equilíbrio ecológico. Ninguém os vigia, não há PSP, GNR, ASAE ou quejandos, mas não excedem as quotas por seu livre arbítrio. Exemplos que gostaria de ver aqui, e lá voltamos ao mesmo, eles são educados e instruídos e nós continuamos analfabetos e impreparados. Basta analisar o registo cultural, cientifico e linguístico deles e compará-lo com o das nossas nove ilhas e é nesses momentos que gostaria que fossemos do Alasca.
Já são 16 o total de candidatos que formalizaram a sua candidatura, anunciados ou apontados. Uma lista longa para as eleições de 19 de março.
Hoje entregaram a sua documentação as candidaturas do Presidente Francisco Guterres Lú-Olo e de Virgilio Guterres. A candidatura da vice-PM, Berta dos Santos, entregou hoje a documentação que faltava.
Ainda hoje a mulher do primeiro-ministro Isabel Ferreira anuncia publicamente a sua candidatura.
Nos próximos dias são esperadas mais candidaturas formalizadas.
Para além de todas as explicações politológicas que se possam dar, há um sentimento de fundo que mexeu os votos dos Portugueses: António Costa e as equipas que escolheu seguraram a barra durante a Covid-19 e ninguém lhe quis dar uma punhalada nas costas.
Acho que não foi só isso. Efeito colateral estratégia da comunicação social de bipolarização e afirmação das posições da Direita face ao papel do Estado. A par do marketing das sondagens…
Concordo que o combate ao Covid foi a causa primeira. Mas muito mais pelo “medo” que alterações de Governo pudessem vir a comprometer esse combate e a provocar alterações – ouvi algumas vezes esse falacioso argumento!!!
Há que reconhecer, que A.Costa, “leu bem” a situação. Espero que tenha compreendido também, que a agenda marcada pela esquerda, que agora representa, no total 10% dos votos, não era de todo compatível com as aspirações dos portugueses.
O país interior vive do Estado, dos empregos e dos subsídios e da isenção de impostos. No fim de contas ninguém quer o “liberalismo”, nem ninguém seriamente está capaz de o implementar. Isto desde 1832.
Claro que ninguém quer o liberalismo. A troika só foi embora há 6 anos, e ninguém ficou com boa memória desse período. A não ser os 10% que votaram no IL e no Chega que querem acabar com o Estado para enriquecer ainda mais os seus bolsos à custa de quem trabalha.
Rui Rio, esse, admitiu demitir-se: “Se se confirmar que o PS tem maioria absoluta, ou seja, uma horizonte de governação, não sei como serei útil com mais quatro anos”, disse, em português. Perante a insistência dos jornalistas na questão, saltou para o alemão “Ich habe auf Portugiesisch gesagt [Eu já disse em português]”, protagonizando assim um momento inusitado. Logo depois, de forma bastante alemã, notou “não ser preciso um drama” sobre o assunto. “Se quer uma frase? O primeiro responsável sou eu. Quem é que haveria de ser?”, dizia ao jornalista. E ia insistindo, sempre naquele tom a que os portugueses costumam apontar honestidade e frontalidade: “Não estou preso a lugar nenhum. Quero prestar um serviço ao PSD e a Portugal”.
Dado a sua postura de despedida, não será por certo de admirar que tenha considerado o resultado eleitoral “substancialmente abaixo” e “nem de longe nem de perto os objetivos que queriam” ter. A razão, essa, encontrou-a no “voto útil à esquerda” que não se verificou à direita. “A esquerda mobilizou-se. À direita não houve a mesma mobilização”, sugerindo assim que afinal até tem algumas tendências para aquele espetro político (o que sempre negou). No seu entender, a sua estratégia de captação de “voto ao centro” até funcionou, algo que, todavia, não impediu que o PS fosse buscar “milhares de votos do PCP e do BE”. Pelo contrário, à direita, “reforço da IL e Chega”, ‘matematiza’ politicamente.
SOL.SAPO.PT
PSD. Rio despede-se da liderança dos sociais-democratas em português e em alemão
‘Com uma maioria absoluta do PS nos próximos quatro anos, não vejo como possa ser útil ao PSD’, disse Rui Rio após o discurso da derrota. O PSD ficou abaixo da fasquia dos 30% e perdeu em Leiria e em Viseu, onde sempre tinha ganho. Só foi o partido mais votado no círculo eleitoral da Madeira…..