Sou um tipo moderno. E chique. Muito chique. Por isso não podia deixar de entrar num restaurante gourmet da moda. Vesti um Armani que comprei num saldo dos chineses, calcei umas sapatilhas com uma virgula estampada que regateei ao ciganito da feira e esvaziei, pelo pescoço abaixo, meio frasco de Chanel dos marroquinos. E foi assim, […]
Utopias e distopias são poderosos exercícios de imaginação que nos ajudam a compreender os erros dos atuais modelos políticos Por José Eduardo Agualusa, do O Globo Comemoram-se este ano os 500 anos da publicação da “Utopia”, de Thomas More. A data está a servir de pretexto para uma série de iniciativas, não apenas para lembrar More […]
Parte da história de Portugal é ainda desconhecida para muitos de nós. No século XVI o vale do Sado foi povoado com escravos. Conheça os mulatos do Sado.
O que fazem não é reconhecido como profissão. Mas o trabalho em “call centers”, apesar de precário, não é mais ocasional; há quem o faça há décadas. Com que consequências na saúde? Muitas. E graves.
A rua mais pequena do Porto não tem mais que 30 metros e é uma transversal entre a Rua de Mouzinho da Silveira e a Rua das Flores. Mas tem um nome curioso, ela chama-se Rua de Afonso Martins Alho. E quem era este homem?
Afonso Martins Alho esteve ligado à Administração Municipal, chegou a ser Vereador da Câmara mas foi, sobretudo, um negociador nato!
Mesmo sendo pequena, esta rua tem o nome do homem que deu origem à expressão: “fino como o alho”.
“Fino como o alho”
Diz-se que um indivíduo é “fino como o alho” ou “fino que nem um alho” se ele é muito esperto, muito sagaz e astucioso. A expressão terá sido originada pela personalidade do mercador portuense Afonso Martins Alho, que foi responsável pelo tratado de 1353, no reinado de D. Afonso IV, entre a Inglaterra e Portugal e que, pela sua sagacidade, o povo eternizou.
Segundo José Pedro de Lima-Reis no livro “Algumas notas para a história da alimentação em Portugal” (Campo das Letras), Afonso Martins Alho partiu para Inglaterra, como único emissário dos mercadores portugueses, para negociar com Eduardo III um acordo de trocas, que poderá ser considerado o primeiro tratado comercial firmado entre Portugal e Inglaterra. Uma das trocas que resultou desse entendimento terá sido referente à importação de bacalhau contra o envio de vinho verde, expedido de Viana do Castelo.