nada tem sido feito em díli sempre que chove inundações e tragédia

685 dili inundado (lomba da maia) 6 fevº 2016

 

maromác zangou-se

as ribeiras transbordaram

em dili nada mudou

tudo alagado como dantes

décadas depois

nem os milhões do petróleo

dominam as águas

 

passados quarenta anos

sem posses para voltar

dominam-me as mágoas

a minha saudade

rima com verdade

 

 

+7
Criança arrastada pelas águas no centro de Díli – Proteção Civil
Díli, 29 mar 2022 (Lusa) – Uma criança foi hoje arrastada pelas águas num canal de drenagem na zona de Manleuana, Díli, depois de cerca de uma hora de chuva intensa na capital timorense, e que alagou várias zonas da cidade, segundo fonte oficial.
Fonte da Proteção Civil timorense disse à Lusa que vários elementos estão nesta altura à procura da criança, “que terá cerca de dez anos”, tanto na zona do canal, como numa zona próxima de coleta de água.
Testemunhas explicaram à Lusa que o menino caiu no canal de drenagem e foi arrastado.
“Tentamos agarrar no miúdo, mas ele desapareceu nas águas que estavam muito fortes”, disse à Lusa uma testemunha do incidente.
A chuva intensa que caiu a meio da tarde causou inundações em vários locais da cidade, incluindo nas zonas de Metiaut, Caicoli e Colmera, com água a entrar no Tribunal Distrital de Díli e em várias lojas no centro da capital.
Construção desenfreada, sem qualquer plano de urbanização, uma quase inexistente intervenção das autoridades, lixo e lama acumulada em ribeiras e derrocadas de lama em zonas de maior elevação estão a causar problemas regulares na cidade.
Há várias zonas com buracos nas estradas, com áreas de drenagem sujas, entupidas ou tapadas e praticamente não há escoamento em locais mais urbanizados, o que, sempre que chove, deixa vários pontos da cidade alagados.
Recorde-se que Díli viveu em abril do ano passado as maiores cheias em décadas, causando dezenas de milhares de desalojados, dezenas de mortos e danos a várias infraestruturas públicas e privadas, muitas das quais continuam, um ano depois, por arranjar.
Morosos processos de aprovisionamento, poucos meios de reação rápida e carências nas estruturas da proteção agravam a situação.
O impacto da pandemia levou muitos trabalhadores a perder o emprego, pelo que o ‘desenrasca’ se tornou comum, com construções ilegais de pequenos negócios a agravarem os problemas na cidade.
ASP // VM
Lusa/Fim
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