amola-tesouras

O amola tesouras
Soprando no seu apito de som característico, o sr. amola tesouras descia a rua Ernesto do Canto e lá eu corria à varanda, deliciada. Com grande probabilidade pararia por ali, à voz de donas de casa que lhe traziam tesouras e facas embotadas – e peças de barro que mãos desastradas tinham deixado cair, nas quais deitava os respectivos gatos – e eu a ver do alto tais maravilhas. Nada se perdia então, nada se deitava no lixo ou só em ultimíssimo caso se deitava, tudo se consertava e reutilizava vezes sem fim. Porque éramos pobres? Talvez, pelo menos em parte. Mas a nossa mãe Terra agradecia…
Que diferença para os dias de hoje em que tudo é descartável, em que tudo se deita fora e se substitui por novo. Até as pessoas…
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