Arquivo mensal: Maio 2020

cultura, parente pobre açoriano

Manuel Leal to DIÁSPORA DE IDENTIDADE AÇORIANA
2t0riSr pomniosorrredensnd

No photo description available.
Image may contain: text
Image may contain: text
Image may contain: text that says "projeto inicial Governo Regio- nal era a reabilitação da lancha, que seria deixada em terra. Diversas vo- defenderam isso resultaria processo de degradação. apoios privados e públicos têm surgido. No verão de 2018, por exemplo, Marinha à Região salva-vidas "Sota-patrão António Crista", que foi abatido motores, após serem reparados, aproveitados a Espalamaca. Associação dos Amigos do Canal cruzados. Ao que DI apurou, já foram cons- truídos os reservatórios de água e combustível, bem como mangas e hélices. DI obter secretaria regional da ção e Cultura, sucesso até ao fecho da presente edição."
José António Martins Goulart to AMIGOS DO CANAL

Enquanto aguardamos a resposta da Direção Regional da Cultura à contraproposta por nós apresentada, há cerca de quatro meses, respeitante ao protocolo a celebrar entre a entidade proprietária da “Espalamaca” e a nossa Associação, eis o ponto da situação do projeto “Espalamaca a navegar”, elaborado pela pena Dr. José Lourenço, nosso ilustre associado, publicado na edição de hoje do “Diário Insular”.

A BRUXA ITALIANA DANÇA CONTRA O COVID

Viriato Porto
11 mins

Uma bruxa italiana dança na praça principal de Salento (Itália) durante a quarentena para afastar e exorcizar as forças maléficas do coronavírus

A dançarina é chamada de a “Strega Pizzica” (Bruxa Dançarina) e queria banir o mal do Covid-19 de sua terra com a sua dança, sua arte.

No dia 17 de abril por volta das 19:00 na Piazza Sant’Oronzo, veio uma esplêndida melodia de Salento que de repente quebrou um silêncio surreal. Na praça uma cena fantástica, uma dançarina vestida de preto dançou a pizzica bem no mosaico da famosa “Lupa di Lecce”, símbolo da cidade. Talvez este seja o símbolo de Pizzica, exorcizando esse período triste com a dança, dançando freneticamente ao pôr do sol na praça central de Sant ‘Oronzo, acreditando que amanhã tudo acabará e que voltaremos a abraçar todos nós novamente, com o calor que distingue o povo Salentino.

Pizzica é uma dança folclórica italiana popular , originária da península de Salento na Apúlia e depois se espalhou por todo o resto da Apúlia e pelas regiões da Calábria e da Basilicata oriental.
A Pizzica é uma dança capaz de falar sobre sentimentos vida e esperanças antigas. Ele está relacionado à Pizzica o fenómeno da “tarantismo”, entendida como exageros de opressão, ansiedade e medo. O tarantismo, como ritual, tem raízes nos antigos mitos gregos. Alegadamente, as vítimas que desmaiavam ou estavam em convulsão começavam a dançar com a música apropriada e eram revividas como se uma tarântula as tivesse mordido. A música usada para tratar a mania da dança parece ser semelhante à usada no caso do tarantismo, embora pouco se saiba sobre eles.

Um relato sobre a tarantela (dança típica italiana) que provém a Pizzica:
“Uma convulsão enfureceu a estrutura humana […]. Comunidades inteiras de pessoas se uniam, dançavam, pulavam, gritavam e tremiam por horas […]. A música parecia ser o único meio de combater a estranha epidemia […] animada e estridente, tocada em trompetes e quinze, animando os dançarinos; harmonias suaves e calmas, graduadas de rápida a lenta, de alta a baixa, provam ser eficazes para a cura.”

Esta dançarina está sendo chamada de a “Strega Pizzica” (Bruxa Dançarina) para banir o mal do Covid-19 de sua terra com a sua dança, sua arte. E no dia 17 de…

Esta dançarina está sendo chamada de a “Strega Pizzica” (Bruxa Dançarina) para banir o mal do Covid-19 de sua terra com a sua dança, sua arte. E no dia 17 de…

açores autonomia ferida osvaldo cabral

Uma Autonomia ferida

Parece cada vez mais consensual que a Autonomia Política que temos não é aquela que todos almejamos.
A constituição de uma CEVERA – a preguiçosa comissão parlamentar para produzir uma reforma da Autonomia – é o exemplo desse descontentamento a nível dos agentes políticos, mas foi preciso uma pandemia para que o povo percebesse que, afinal, quando queremos impor regras cá dentro, em defesa da nossa saúde, o Terreiro do Paço não deixa, alegando a “continuidade territorial” e os travões que a Constituição consagra.
Temos, portanto, uma Autonomia ferida, senão mesmo incompleta, apesar da sua implementação que se confunde com os 16.500 dias de Liberdade, desde Abril de 74.
O mais curioso é que reagimos contra o centralismo conforme os maus humores dos nossos governantes.
Na primeira fase da Autonomia tivemos o protesto original dos “óculos escuros e gravatas pretas”, que depois resultou numa troca de palmadas nas costas e ficou tudo esquecido.
Nesta segunda fase temos uns arrufos e uns recados inflamados, mas depois voltam todos à tradicional submissão a Lisboa e às suas lideranças nacionais.
Faz agora quatro anos Vasco Cordeiro alertou os açorianos para estarem “vigilantes e prontos para os inimigos da Autonomia”, revelando grande preocupação com os “autonomistas de fachada de cá” e pedindo que os açorianos se mantivessem “vigilantes e prontos face aos antiautonomistas confessos de lá”, defendendo, intransigentemente, “a nossa capacidade e o nosso direito de sermos nós, açorianos, os senhores do nosso destino”.
Daí para cá, porque a cor do governo mudou, palmadinhas nas costas…
Nos últimos meses fomos violentamente agredidos na nossa dignidade de escolha perante as provocações de António Costa, Marcelo e o ministro mimado Pedro Nuno Santos.
A submissão com que reagimos a estas atitudes “políticas firmes” diz bem do grau de Autonomia que temos, por mais alertas para estarmos “vigililantes” e sermos “os senhores do nosso destino”.
O Dia dos Açores que assinalamos amanhã nunca foi tão cruelmente representativo como vai acontecer com as cerimónias oficiais, confinadas a uma participação virtual.
Uma Autonomia virtual, que nos vai embalando com o derramar de pacotes de subsídios do Estado e da Comissão Europeia, como vai acontecer mais uma vez, para amolecer os “açorianos vigilantes”.
Até quando não vamos ser senhores do nosso destino?

(Osvaldo Cabral – Diário dos Açores de 31.05.2020)

— with Osvaldo José Vieira Cabral.

Image may contain: Osvaldo José Vieira Cabral, text that says "Editorial Osvaldo Cabral osvaldo.cabral@diariodosacores.pt"