Arquivo mensal: Março 2015

BRasil a crise forjada

Brasil. “CRISE É FORJADA, MENTIROSA E INDUZIDA PELA MÍDIA”, diz Leonardo Boff

 

Teólogo afirma que veículos de comunicação são golpistas e contra o povo, mas com os movimentos sociais emergiu uma nova consciência política, e o outro lado ficou sem condições de dar o golpe

São Paulo – A crise econômica e política pela qual o país atravessa neste momento é “em grande parte forjada, mentirosa, induzida, ela não corresponde aos fatos”, afirma o teólogo Leonardo Boff. Segundo ele, a crise é amplificada por uma dramatização da mídia. “Essa dramatização que se faz aqui é feita pela mídia conservadora, golpista, que nunca respeitou um governo popular. Devemos dizer os nomes: é o jornal O Globo, a TV Globo, a Folha de S. Paulo, o Estadão, a perversa e mentirosa revista Veja.”

Em entrevista à Rádio Brasil Atual na segunda-feira (9), o teólogo disse que, no entanto, o atual nível de acirramento no cenário político não preocupa porque, para ele, comparado a outros contextos históricos, a “democracia amadureceu”. Ele diz acreditar, ainda, na emergência de uma “nova consciência política”.

Boff também considera que o cenário brasileiro é bastante diferente da Grécia, Espanha e Portugal, onde são registradas centenas de suicídios, por conta do fechamento de pequenas empresas e do desemprego, e até mesmo de países centrais, como os Estados Unidos, que veem a desigualdade social avançar.

“A situação não é igual a 64, nem igual a 54”, compara. “Agora, nós temos uma rede imensa de movimentos sociais organizados. A democracia ainda não é totalmente plena porque há muita injustiça e falta de representatividade, mas o outro lado não tem condições de dar um golpe.”

Para Boff, não interessa aos militares uma nova empreitada golpista. Restaria ao campo conservador a “judicialização da política”: “Tem que passar pelo parlamento e os movimentos sociais, seguramente, vão encher as ruas e vão querer manter esse governo que foi legitimamente eleito. Eles têm força de dobrar o Parlamento, dissuadir os golpistas e botá-los para correr”.

Sobre o ‘panelaço’ ocorrido no domingo (8), durante o discurso da presidenta Dilma Rousseff para o Dia Internacional da Mulher, Boff afirma que o protesto é “totalmente desmoralizado”, pois “é feito por aqueles que têm as panelas cheias e são contra um governo que faz políticas para encher as panelas vazias do povo pobre”.

O teólogo afirma que a manifestação expressa “indignação e ódio contra os pobres” e são símbolo da “falta de solidariedade”: “O panelaço veio exatamente dos mais ricos, daqueles que são mais beneficiados pelo sistema e que não toleram que haja uma diminuição da desigualdade e que gostariam que o povo ficasse lá embaixo”.

Sobre o ato programado pela CUT e movimentos sociais para sexta-feira (13), Leonardo Boff diz que a importância é reafirmar os valores democráticos e a defesa da soberania do país: “Aqueles que perderam, as minorias que foram vencidas, cujo projeto neoliberal foi rejeitado pelo povo, até hoje, não aceitam a derrota. Eles que tenham a elegância e o respeito de aceitar o jogo democrático”.

O teólogo frisa, mais uma vez, não temer o golpe. “É o golpe virtual, que eles fazem pelas redes sociais e pela mídia, inventando e fantasiando, projetando cenários dramáticos, que são projeções daqueles que estão frustrados e não aceitam a derrota do projeto que era antipovo.”

Ouça a entrevista completa da Rádio Brasil Atual

‘Mídia cria ódio, forja crise e induz à atmosfera dramática de golpe’, diz Boff

Rede Brasil Atual

Publicada por PÁGINA GLOBAL à(s) 18:47 Sem comentários:

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Etiquetas: AMÉRICA LATINA, BRASIL, COMPILADO, CPLP

Casa é colocada à venda na Indonésia com esposa incluída – Yahoo Notícias

https://br.noticias.yahoo.com/casa-%C3%A9-colocada-%C3%A0-venda-indon%C3%A9sia-esposa-inclu%C3%ADda-131058543–sector.html?guccounter=1&guce_referrer=aHR0cHM6Ly9ibG9nLmx1c29mb25pYXMubmV0L3dwLWFkbWluL3Bvc3QucGhwP3Bvc3Q9Mjg4MjcmYWN0aW9uPWVkaXQ&guce_referrer_sig=AQAAABlTSSPPz42eXu3CdIbCYMIT8dkwMvA9_Ky7o-hL-a0l0ExaA3EMLE_dcIoCgHoJc3xgLcy8loDhpMm5F2qjyhgV5F9pQdMxAmHdAJxyhw6KnzaH-D-frIOmzMYRUJbq-4ESJBvecS22BGnEMOMRo71wHIVXi7uTI79VNVc_xdEp

Uma proprietária na Indonésia oferece a venda de sua casa e de sua mão ao comprador, em um anúncio que rapidamente se tornou um viral na internet.

se comprar a casa ainda arranja esposa mas leva logo com dois filhos….

Source: Casa é colocada à venda na Indonésia com esposa incluída – Yahoo Notícias

AMADEU FERREIRA NOTA D’AMPRENSA “NACIMIENTO DE COUSAS NUOBAS

NOTA D’AMPRENSA

“NACIMIENTO DE COUSAS NUOBAS”

 

Morriu-se hoije, 1 de márcio, an sue casa, an Lisboua, l poeta, scritor i jurista Amadeu Ferreira, por bias de padecer de un cáncaro de l celebro hai mais de anho i meio. Cumprindo-se l sou pedido, l cuorpo será cremado. Nun haberá cerimónias fúnebres.

 

Eiran a realizar-se dues houmenaiges an sue mimória esta sumana: ua l die 3, terça, apuis l meio de la tarde, an Lisboua, na Casa de Trás-ls-Montes; outra l die 4, a la tarde, na sue tierra, an Sendin, Miranda de l Douro, na Casa de la Cultura, adonde ls amigos poderan rendir le houmenaige, lendo testos de l’outorie de l scritor ou simplemente passando.

 

Amadeu Ferreira naciu a 29 de júlio de 1950 an Sendin, Miranda de l Douro. Era persidente de la Associaçon de la Lhéngua i Cultura Mirandesa, persidente de la Academie de Lhetras de Trás-ls-Montes, bice-persidente de la Comisson de l Mercado de Balores Mobiliairos (CMVM), porsor cumbidado de la Faculdade de Dreito de la Ounibersidade Nuoba de Lisboua, membro de l Cunseilho Giral de l Anstituto Politécnico de Bregáncia i, zde 2004, comendador de la Orde de l Mérito de la República Pertuesa.

 

Outor i tradutor dua bastíssema obra an pertués i mirandés, tamien culs pseudónimos Fracisco Niebro, Marcus Miranda i Fonso Roixo, Amadeu Ferreira dou mos obras científicas i lhiterairas, an poesie i an prosa. Antre muitas outras publicou: ne l Dreito, “Homicídio Preveligiado” i “Direito dos Valores Mobiliários“; an poesie, “Cebadeiros“, “Ars Vivendi / Ars Moriendi” i “Norteando“; an prosa, “La bouba de la Tenerie / Tempo de Fogo“, “Cuntas de Tiu Jouquin“, “Lhéngua Mirandesa – Manifesto an Forma de Hino” i “Ditos Dezideiros / Provérbios Mirandeses“. Traduziu pa la lhéngua mirandesa obras cumo “Ls Quatro Eibangeilhos“, “Ls Lúsiadas“, de Luís Vaz de Camões, “Mensaige“, de Fernando Pessoa, dues abinturas de “Astérix” i obras de Hourácio, Bergildo i Catulo, antre muitos outros. Alhá desso, fui colaborador, subretodo an mirande jurista anho e la Fuolha Mirandesa,to Politsboaés, de de l Jornal Nordeste, adonde mantenie hai muitos anhos la Fuolha Mirandesa, de l Mensageiro de Bragança, de l Diário de Trás-os-Montes, de l Público i de la rádio MirandumFM, i publicou mais de trés mil testos, quaijeque todos lhiterairos, an blogues cumo Fuontes de l Aire, Cumo Quien Bai de Camino i Froles Mirandesas.

 

La sue biografie i l sou mais reciente lhibro, “Belheç / Velhice”, tenen salimiento marcado pa l die 5 de márcio, esta sumana, na Faculdade de Dreito de la Nuoba de Lisboua. Neste último puode ler se pula mano de l sou pseudónimo Fracisco Niebro:

 

“Hai un tiempo para nacer i un tiempo para un se morrer.

L’alma nun puode bolar pa l cielo. Senó, cumo podien nacer cousas nuobas? Essa ye la rucerreiçon de las almas: son bidas nuobas. Son bichicos, arbicas i todo l que bibe.

Ye por esso que fázen mui mal an anterrar las pessonas ne l semitério: habien de las anterrar pul campo para ajudar las almas a nacer. Assi, Dius, seia quien fur, ten muito mais trabalho.”

 

 

Agradecemos que esta nota d’amprensa seia publicada an lhéngua mirandesa.

 

 

 

 

 

 

NOTA DE IMPRENSA

“NASCIMENTO DE COISAS NOVAS”

Morreu hoje, 1 de março, em sua casa, em Lisboa, o poeta, escritor e jurista Amadeu Ferreira, que há mais de um ano e meio batalhava com um cancro no cérebro. Cumprindo-se a sua vontade, o corpo será cremado. Não haverá cerimónias fúnebres.

Serão realizadas duas homenagens em sua memória esta semana: uma no dia 3, a partir de meio da tarde, em Lisboa, na Casa de Trás-os-Montes, e outra no dia 4, à tarde, na sua terra natal, Sendim, Miranda do Douro, na Casa da Cultura, onde os amigos poderão prestar-lhe homenagem, lendo textos da autoria do escritor ou simplesmente estando presentes.

Amadeu Ferreira nasceu a 29 de julho de 1950 em Sendim, Miranda do Douro. Era presidente da Associaçon de la Lhéngua i Cultura Mirandesa, presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes, vice-presidente da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), professor convidado da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, membro do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Bragança e, desde 2004, comendador da Ordem do Mérito da República Portuguesa.

Autor e tradutor de uma vastíssima obra em português e em mirandês, também com os pseudónimos Fracisco Niebro, Marcus Miranda e Fonso Roixo, Amadeu Ferreira deixa-nos obras científicas e literárias, em poesia e em prosa. Entre muitas outras, publicou, na área do Direito, “Homicídio Preveligiado” e “Direito dos Valores Mobiliários“; em poesia, “Cebadeiros“, “Ars Vivendi / Ars Moriendi” e “Norteando“; em prosa, “La bouba de la Tenerie / Tempo de Fogo“, “Cuntas de Tiu Jouquin“, “Lhéngua Mirandesa – Manifesto an Forma de Hino” e “Ditos Dezideiros / Provérbios Mirandeses“. Traduziu para a língua mirandesa obras como “Os Quatro Evangelhos“, “Os Lúsiadas“, de Luís Vaz de Camões, “Mensagem“, de Fernando Pessoa, dois volumes de “Astérix“, e obras de Horácio, Vergílio e Catulo, entre muitos outros. Foi, além disso, colaborador, sobretudo em mirandês, de diversos meios de comunicação social, nomeadamente do Jornal Nordeste, do Mensageiro de Bragança, do Diário de Trás-os-Montes, do Público e da rádio MirandumFM e publicou mais de três mil de textos, quase exclusivamente literários, em blogues como Fuontes de l Aire, Cumo Quien Bai de Camino e Froles Mirandesas.

A sua biografia e o seu mais recente livro, “Belheç / Velhice”, têm lançamento marcado para dia 5 de março, esta semana, na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Neste último, pode-se ler pela mão do seu pseudónimo Fracisco Niebro:

“Há um tempo para nascer e um tempo para morrer.

A alma não pode voar para o céu. Se assim fosse, como podiam nascer coisas novas? Essa é a ressurreição das almas: são vidas novas, é tudo o que vive.

É por isso que fazem mal em sepultar as pessoas no cemitério: deviam enterrá-las pelos campos para ajudar as almas a nascer. Assim, Deus, seja lá ele quem for, tem muito mais trabalho.”

 

 

N.B. Agradecemos que esta nota de imprensa seja publicada em língua mirandesa.

28. 2005 - Miranda Amadeu i l Praino

O adeus a Luísa Dacosta, que subiu às árvores até aos 50 anos – Expresso.pt

Escritora morreu durante o fim de semana, com 88 anos de idade. Funeral realiza-se esta terça-feira no tanatório de Matosinhos, onde o corpo será velado a partir das 15h00. Em homenagem a um universo literário muito particular, que ainda em 2010 recebera o Prémio Vergílio Ferreira, regressamos ao trabalho de Valdemar Cruz publicado na revista Única de 25 de junho de 2005, e inserido na série “O que a Vida me Ensinou”.

Source: O adeus a Luísa Dacosta, que subiu às árvores até aos 50 anos – Expresso.pt

centenário de Ruy CInatti

o escritor  timorense Luís Cardoso escreve

Ruy Cinatti nasceu no dia 8 de Março de 1915. Este ano comemora-se o centenário do seu nascimento. Após terminar o curso no Instituto Superior de Agronomia de Lisboa, parte para Timor onde desenvolve intensa actividade na área agronómica. Interessa-se pela cultura local e alarga a sua actividade a outras áreas como antropologia e arquitectura. A sua poesia acompanha o processo de imersão no mundo sobrenatural de Timor. Realiza um pacto de sangue com um régulo e torna-se irmão timorense. Magnífica a sua tradução para a língua portuguesa do poema inaugural em língua tétum, Consagração de uma casa timorense.

Um grupo de timorenses e portugueses, não querendo deixar passar em branco o centenário do nascimento de Ruy Cinatti, vai promover no próximo dia 7 de Março, em Lisboa, pelas 15 horas, na Biblioteca Por Timor, rua de S. Bento nº 182, uma sessão evocativa em que diversos oradores falarão sobre a sua vida e obra. Também haverá música e leitura de poemas de Ruy Cinatti por convidados e por quem queira participar.

Luís Cardoso