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https://blog.lusofonias.net/wp-content/uploads/2025/06/29-poemas-para-a-Nini.pdf
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É muito difícil tentar explicar a amigos e outros o que sinto e como me sinto depois do acidente cardiovascular de há um mês. Perdi a confiança em mim, e no mundo que me rodeia. Sei que o problema cardíaco não está resolvido mas sim controlado e que daquele não devo morrer (mas pode haver outros, não abrangidos pelo pacemaker e desfibrilhador). Tenho um medo imenso de viajar, um medo terrível de ir para outras ilhas (em especial sem Hospital), ou mesmo de ir ao Continente onde a saúde anda pelas ruas da amargura e as pessoas morrem em salas de espera de hospital.
Não consigo explicar a irracionalidade deste medo que me tolhe e condiciona futuros colóquios da lusofonia ou, pelo menos a minha presença neles.
Sei que vinha de uma fase, um ciclo altamente negativo, o cancro primeiro e a morte da minha querida mulher eram suficientes para abalar os alicerces da construção mais sólida, qualquer uma mais sólida que a minha. Tinha as reservas anímicas reduzidas a um fragmento de memória, sem correlação com qualquer defesa psíquica que pudesse manter. Estes três episódios cardiovasculares seguidos num curto espaço de tempo, e de consequências tão graves como seja a ressuscitação tripla, abalaram-me para lá das reservas que já não existiam.
Antecipo os dias e as horas com terror, cismático com o que pode acontecer, temendo sempre o pior num negativismo que não era próprio de mim. Pensei que depois de vir para casa as coisas lentamente retornariam a um certo normal, mas até agora nada disso se passou e temo estar aqui sem assistência de médicos e enfermeiras como tinha quando estive internado.
A solidão em que vivo, entremeada pela vinda da nossa governanta aumenta os medos. Até do duche tenho medo e tomo-o tão rapidamente quanto possível.
A recuperação psíquica vai demorar mais tempo do que imaginei e as feridas são mais profundas do que se poderia pensar. Não sei explicar melhor do que isto os meus medos. Mudei ritmos e rotinas, além de me mudarem o escritório para o andar de baixo e evitar subir escadas, durmo a meio da manhã e a meio da tarde uma sesta retemperadora, faço o que posso enquanto posso, mantenho-me ocupado com os colóquios e as mil e uma tarefas que isso implica, mas sem pressão nem pressas.
Tenho a vaga esperança de que o tempo ajude a sarar estas mazelas invisíveis, mas evito sair ou estar com gente pois serei péssima companhia nesta fase, as semanas passam sem que se notem melhorias, embora os médicos me digam que clinicamente estou bem…
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Margarida Veiga and 25 others
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Um sismo com uma magnitude de 4 na escala de […]
Source: Sismo de magnitude 4 na escala de Richter registado no Faial – Rádio Atlântida
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esta e anteriores crónicas https://www.lusofonias.net/mais/as-ana-chronicas-acorianas.html
A sociedade portuguesa está cada vez mais exaltada, dividida e extremista. Surgem casos como o ataque físico a um ator, ataque a voluntárias que servem sem-abrigo e dezenas de pequenos casos, muitos deles escondidos nas pequenas notícias do dia-a-dia.
Houve mesmo manipulação do discurso da autora Lídia Jorge no dia 10 de junho, com versões adulteradas, “nacionalistas” surgindo no ciberespaço, as quais não gostaram que fosse dito que a nossa ascendência tem de tudo um pouco, com vários tons de pele, como se fosse possível negar a História de Portugal e os Lusíadas.
Há quem pense que existe um tipo chamado Português Puro, que não se misturou em mil anos de História. Basta olhar para os Açores para vermos de que massa somos feitos, pois aqui seremos tudo menos Portugueses Puros.
Tudo isto me choca e confrange e temo que a passividade lusitana tenha de dar o lugar a uma reação enérgica, antes que seja demasiado tarde.