jan 2021 PRECISO DE UM PORTAL SECRETO ASSIM, MICROCONTO DEDICADO AO PEDRO PAULO CÂMARA

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384 Preciso de um portal secreto assim, 22.2.21 Pedro Paulo Câmara

Era uma vez a passagem secreta, construída há séculos pelos primeiros povoadores dos Açores, lá para os lados da Povoação, onde consta terem sido encontrados vestígios milenares de outras presenças humanas. Diziam os antigos que era a passagem para um tunel onde os povoadores se escondiam dos corsários que raziavam as ilhas e tomavam cativos para venda de escravos nos mercados berberes. Durante muito tempo a passagem secreta ficou esquecida por entre o matagal cerrado que se foi apossando da passagem. Com o advento da era da laranja em S. Miguel, ao limparem o terreno descobriram a passagem e a gruta, e logo se apressaram a fechar a sete cadeados, sem se darem ao trabalho de a explorarem. Lá dentro em meditação profunda, um escritor solitário tentava escrever a obra épica sobre Violante de Cysneiros, longe de tudo e todos, cansado da vida mesquinha que o rodeava, na conservadora sociedade micaelense. Ali permaneceu tempos infindos enquanto a pena debicava as frases que o iriam imortalizar. Foi no dealbar do séc. XXI que ao abrirem o portão de ferro depararam com os restos do escritor e folhas amarelecidas onde a humidade não penetrara. Essa a obra em breve desvelada ao público do autor que precisava de um portal secreto assim.

Preciso de um portal secreto assim, 22.2.21 Pedro Paulo Câmara

For years, ‘Australia’s Bigfoot’ watched over the small town of Kilcoy. Then one day, it disappeared | CNN

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The small town of Kilcoy is not the site of the first, or even the most recent, “Yowie” sighting. And hunters of Australia’s version of Bigfoot are no more likely to see it there than anywhere else in the country’s vast, rugged bushland.

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Propriedades em Portugal vão ter “cartão de cidadão”

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Número de Identificação do Prédio (NIP), espécie de “cartão do cidadão” da propriedade, vai ter, a partir de janeiro, um projeto-piloto em Alfândega da Fé e Lousã, antes de ser alargado ao resto do país, até ao final do ano. “Aquilo que faremos agora é um mero piloto, no início do ano, em duas áreas integradas de gestão da paisagem [AIGP], para permitir testar o sistema, afinar efetivamente aquilo que depois vai ser a sua evolução e a expansão”, até ao fim do ano, “a todo o território nacional”, afirmou Carla Mendonça, coordenadora da eBUPi – Estrutura de Missão para

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morreu TOM HYLAND AMIGO DE TIMOR

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Hoje Timor-Leste perdeu um dos seus maiores amigos. E eu perdi um grande amigo, um homem bom, um homem de convicções fortes, de paixões por causas humanas. Uma figura conhecida de todos, que parecia estar sempre presente em todo o lado, ainda que a mobilidade por vezes reduzida o obrigasse, há muito, a estar acompanhado da cana que o ajudava a andar. Que preferia sempre trocar por um braço de um amigo, entrelaçando o seu braço no teu.
Morreu o avô Tom. Tom Hyland, um irlandês a sério, sempre com piada pronta, um sorriso maroto na face e um amor que parecia eterno por Timor-Leste. E por outras causas. Mais recentemente consternado com o que se passa em Gaza.
A saúde deu-lhe muitas preocupações. A eles e aos amigos. Que agora se despedem dele.
A sua ligação a Timor-Leste começou no meio de um jogo de cartas. O condutor de autocarros em Dublin estava a jogar as cartas com os amigos, algures em 1993, quando a televisão, então só a fazer ruido de fundo, começou a mostrar o documentário “In Cold Blood: The Massacre of East Timor”, de John Pilger.
No início ainda mandou baixar o som. Mas depois não conseguiu deixar de ver. E o que viu enfureceu-o. E no dia seguinte, com alguns amigos, criou a primeira grande ação de solidariedade com Timor-Leste na Irlanda, a East Timor Solidarity Campaign. O impacto dessa campanha foi enorme, ajudando a que a causa de Timor-Leste fosse conhecida naquele país europeu.
Tom Hyland viveu a maior parte da sua vida em Ballyfermot in Dublin. Mas desde 1993 que, para Tom, a sua casa era também Timor-Leste.
Entrou em Timor-Leste, incógnito, com um passaporte que o identificava como Tomás Ó Haolain, em 1997. Viajou até Timor Ocidental e depois entrou por terra em Timor-Leste. Em maio de 1999, pouco tempo antes do referendo, voltou, desta vez a acompanhar o então ministro dos Negócios Estrangeiros David Andrews, um dos muitos a quem convenceu a dar o seu apoio a Timor-Leste. Pouco tempo depois, a partir de 2000, Tom Hyland regressaria e por aqui ficou. A fazer amigos. A ajudar Timor-Leste, depois da independência, sempre com a convicção de um ativista e o coração de um homem bom.
Amigo Tom, sei que gostavas mais da Sandra do que de mim. Ou assim o dizias, com um piscar de olho maroto.
Farewell you gorgeous Irishman you!!!
Vou ter saudades de te dar beijos na careca. Fica bem amigo. A luta continua!
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