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XANANA PREDADOR

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Apalpões e beijos forçados, o poder sórdido.
XANANA GUSMÃO, instinto predador
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XANANA GUSMÃO, instinto predador
Apalpões nos seios e beijos na boca forçados, em público, é o que mostram as imagens publicadas nas redes sociais de Timor-Leste.
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Covid-19. Xanana Gusmão dorme à frente de centro de isolamento, depois de horas de protesto

Este artigo tem mais de 2 anos

O líder histórico timorense está em protesto pelo caso de um homem que morreu vítima da Covid-19 e aproveitou para criticar a ação das autoridades de saúde e do governo.

  • Agência Lusa
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Timorese historical leader Xanana Gusmao (L) remains adamant and is still sitting under a green awning outside the center, located on Rumbia crossing, refusing to leave the site, in solidarity with the family of the deceased, in Dili, East Timor, 12 April 2021. ANTONIO SAMPAIO/LUSA

Xanana Gusmão, líder histórico timorense, chegou ao local pouco depois das 08h locais para começar o protesto

ANTONIO SAMPAIO/LUSA

O líder histórico timorense, Xanana Gusmão, permanecia ao final da noite em Díli à frente de um centro de isolamento onde está desde o início do dia em protesto pelo caso de um homem que morreu infetado com Covid-19.

Depois de horas de protesto, Xanana Gusmão deitou-se numa esteira para “descansar“, segundo explicou um dos membros da sua equipa, indiciando que o impasse em torno ao caso se mantém, apesar de sinais de uma possível solução de compromisso.

As redes sociais encheram-se ao final da noite de fotos do líder timorense, deitado no chão, ao lado da carrinha cinzenta onde está o caixão preparado pela família da vítima, que rejeita o diagnóstico de Covid-19 e o protocolo para funerais nestas situações e exige reaver o corpo e realizar os ritos tradicionais.

Horas antes, havia sinais de um acordo de compromisso que permitira à família enterrar o homem, de 46 anos, no cemitério onde pretendiam, Manleuana, em Díli, desde que cumprindo os protocolos sanitários, em vez de o funeral ocorrer num cemitério preparado para casos positivos da Covid-19 em Metinaro, a leste de Díli.

Fontes envolvidas no processo explicaram à Lusa que a solução de compromisso, negociada pelo Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), poderá não ter tido o acordo do Ministério da Saúde e do governo, que não quer abrir aqui um precedente. A Lusa tentou confirmar esta informação junto de fonte oficial, mas até agora sem sucesso. A polémica do caso — relacionado com a segunda morte em Timor-Leste de uma pessoa infetada com Covid-19 — começou de manhã, quando a família de Armindo Borges contestou a decisão das autoridades realizarem o funeral.

Xanana Gusmão chegou ao local pouco depois das 08h00, criticando a ação das autoridades de saúde, contestando o diagnóstico de Covid-19 e atacando a gestão do governo do caso e da pandemia em geral.

Durante o dia, vários responsáveis timorenses tentaram dissuadir e convencer Xanana Gusmão, incluindo a ministra da Saúde, Odete Belo, o número dois da Sala de Situação do CIGC, Aluk Miranda, e outro dos coordenadores, o comodoro Pedro Klamar Fuik.

Todos tentaram argumentar sobre a necessidade de respeitar o protocolo definido para mortes de pessoas infetadas, mas Xanana Gusmão rejeitou os argumentos, insistindo que a postura das autoridades não fazia sentido e que o homem tinha morrido de outras doenças.

A dado momento da discussão, Xanana Gusmão chegou mesmo a dizer que ia “dizer ao povo que se estiverem doentes não devem ir ao hospital porque se forem vão ser tratados como Covid-19 imediatamente“.

Vou ficar aqui até a família poder levar o corpo”, insistiu.

Depois da visita de Pedro Klamar Fuik ao local, uma equipa de funcionários da saúde entrou no centro de isolamento com plásticos laranja nas mãos, com indicações de que iriam preparar o corpo, incluindo desinfeção, colocando em plástico e, posteriormente, num saco mortuário. A movimentação sugeriu que o fim do impasse estaria próximo, mas horas depois continua sem haver uma solução final.

Vídeos amadores de vários dos momentos do dia suscitaram críticas, depois de se ver Xanana Gusmão a esbofetear pelo menos duas pessoas, uma delas familiar do falecido e de fazer várias críticas a responsáveis de saúde timorenses. Xanana Gusmão esteve no local rodeado de vários apoiantes mais próximos, incluindo deputados e dirigentes do seu partido, o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), e elementos da segurança da força política.

Nos dois acessos à rua onde está o centro de Vera Cruz e nas imediações do centro em si, centenas de efetivos policiais mantiveram um apertado cordão de segurança, travando grupos de centenas de manifestantes que, ao início da manhã, se juntaram em apoio a Xanana Gusmão.

Entre os apoiantes, muitos deles jovens, ouviram-se várias críticas não apenas à questão da Covid-19 mas, particularmente, à situação socioeconómica difícil com que vive a população de Timor-Leste, em virtude das medidas implementadas para responder à Covid-19.

Responsáveis do CIGC admitiram durante a tarde que poderiam recorrer à força, caso sejam fossem impedidos de retirar o cadáver do homem, natural de Ermera, do centro Vera Cruz. “Claro que vai haver resistência, mas vamos tentar esclarecer a situação e, em último caso, podemos ser obrigados a tomar medidas de força em relação a esta questão”, disse o brigadeiro-general João Miranda Aluk.

O coordenador da task-force para a Prevenção e Mitigação da Covid-19, Rui Araújo, explicou que o homem de 46 anos entrou no Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV) com um quadro grave, com tensão elevada, respiração dificultada e hemorragia, tendo-lhe sido feito o teste PCR à Covid-19.

O resultado foi positivo com um nível ativo elevado de 25.1. O paciente foi transportado para Vera Cruz e foram recolhidas análises a três pessoas da família, das quais duas tiveram resultados positivos: ou seja, três dos quatro habitantes da casa deram resultado positivo”, afirmou.

Rui Araújo mostrou-se sensibilizado com a importância dos rituais, usos e costumes, mas recordou que o vírus “está a propagar-se desenfreadamente, não só em Díli, mas noutras partes do território” e que todos devem cumprir as regras de saúde pública.

Na sequência da polémica, o primeiro-ministro de Timor-Leste encorajou os médicos “a continuarem a trabalhar, a não ficarem tristes e nem perderem a esperança porque o governo e o Estado” estão ao lado dos profissionais de saúde.

Em comunicado, Taur Matan Ruak referiu que “esta situação está a criar sentimentos negativos de algumas pessoas contra os profissionais de saúde, sendo que algumas pessoas apedrejaram ambulâncias e não têm confiança nos médicos”, acrescentando que “esta atitude não ajuda a combater a doença” no país.

19.16. CRÓNICA 392 XANANA GUSMÃO, DEUSES COM PÉS DE BARRO NA LAMA DOS DIAS

Há muita gente que idolatra e deifica Xanana Gusmão, o Mandela timorense como se ele fosse uma divindade, embora como o escritor timorense Luís Cardoso disse, lhe falte ainda caminhar sobre as águas.

Ana Gomes que o conhece desde os tempos na prisão de Cipinang declarava há dias, “este não é o Xanana que conheci” atribuindo a sua recente série de incidentes pouco honrosos a fruto de doenças mentais, traumas do tempo da guerrilha e da prisão e apelando a que se tratasse (no foro mental, presume-se).

Com efeito, andrajoso, a dormir ao relento duas noites, a esbofetear um casal de parentes seus em plena via pública, enquanto se opunha a um enterro Covid e exigia que o falecido fosse enterrado no talhão de família no cemitério onde esta o queria enterrar, trouxe Xanana a uma ribalta que todos dispensavam. Dias antes estivera enterrado na lama a acarretar víveres para as famílias desalojadas pelas cheias em Tacitolu, mas dias depois nova ocorrência quando obrigou uma jovem a ajoelhar-se e a apertar-lhe os sapatos ou ténis.

Soba assistência de madres e populares que se riam da cena, num total desrespeito pela igualdade de género, ainda desconhecida em Timor. XANANA, UMA VEZ MAIS DEPLORÁVEL, INACEITÁVEL, INCONCEBÍVEL.

Depois de anos de lutas intestinas pelo poder, Xanana sempre saiu vencedor contra os seus opositores, embora acusado em múltiplas alegações de corrupção e de nepotismo, e criticado pelo injustificado apoio ao sacerdote em Oecusse banido pela Igreja e em julgamento por abuso de menores a seu cargo e de tantas outras cenas menos dignas de um alto dignitário da nação timorense.

É isto, elevar meros mortais, por mais heroicos que tenham sido na guerra de libertação (embora haja acusações de veteranos de se libertado de outros dirigentes da guerrilha) ao estatuto divino pode , mais cedo ou mais tarde, vir a comprovar que se trata de DEUSES COM PÉS DE BARRO NA LAMA DOS DIAS.