WITTGENSTEIN E A LIBERDADE

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A Cabana de Wittgenstein
Wittgenstein foi viver para Skjolden, Noruega, numa barraca que ele mesmo construiu num sítio completamente isolado, acabando por concluir que se podia pensar melhor na cabana que na cátedra.
De facto, dali começou a dirigir-se muito particularmente a quem quisesse iniciar-se num novo modo de ver as coisas e não à comunidade científica nem à cidadania.
Para ele, pensar podia chegar a ser um acto artístico.
O seu ideal filosófico foi a busca da lucidez libertadora, de abertura da consciência e do mundo; não queria oferecer verdade, mas veracidade, exemplos e não raciocínios, motivos e não causas, fragmentos e não sistemas.
Exilado da estupidez humana, no amparo do ar espontâneo do seu refúgio norueguês, junto ao fiorde Sogne, abriu com as suas atitudes um caminho para a filosofia: tratou de compreender, não de julgar; tratou de convencer, não de demonstrar.
(Tradução livre de um texto de Enrique Vila-Matas)
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