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11 de setembro de 1891, Antero de Quental. Continua em falta enaltecer o seu percurso na cidade de Ponta Delgada.
O Sonho Oriental
Sonho-me ás vezes rei, n’alguma ilha,
Muito longe, nos mares do Oriente,
Onde a noite é balsamica e fulgente
E a lua cheia sobre as aguas brilha…
O aroma da magnolia e da baunilha
Paira no ar diaphano e dormente…
Lambe a orla dos bosques, vagamente,
O mar com finas ondas de escumilha…
E emquanto eu na varanda de marfim
Me encosto, absorto n’um scismar sem fim,
Tu, meu amor, divagas ao luar,
Do profundo jardim pelas clareiras,
Ou descanças debaixo das palmeiras,
Tendo aos pés um leão familiar.
Antero de Quental
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