património açoriano abandonado

MANTÊM-SE O APELO DE URGÊNCIA!
Porque o teor deste artigo que escrevi há 6 anos e as razões de apelo/reivindicão/alerta deste cordão humano promovido pelo CADEP-CN continuam (e cada vez de forma mais pertinente), voltamos a reforçar para não esquecer e agir, antes que seja tarde demais!
Nota inicial: A classificação o imóvel, como Património de Interesse Municipal (para começar), como vimos defendendo, nos últimos anos, na Assembleia Municipal, com apresentação de propostas, incorporando a descrição histórico-documental do mesmo (ficha técnica), finalmente vai ir avante, considerendo que é um importante passo para a sua valorização e impulso para arecuperação.
CORDÃO HUMANO PELA RECUPERAÇÃO DO FORTE DE S.JOÃO BATISTA, EM APELO DE URGÊNCIA!
O PRIMEIRO FORTE DOS AÇORES, precisa de intervenção URGENTE, antes que seja tarde demais.
“Forte de São João Baptista da Praia Formosa, também denominado como Castelo de São João Baptista ou Castelo da Praia, é uma das edificações históricas mais marcantes e valiosas de Santa Maria e também dos Açores, apontando escavações recentes que se trata da edificação do género mais antiga do arquipélago.
Em posição estratégica sobre este trecho da costa da ilha, constituiu-se num forte, outrora, destinado à defesa deste ancoradouro, contra os ataques de piratas e corsários que, num passado já longínquo, eram frequentes nesta região do oceano Atlântico.
Trata-se de uma fortificação de pequenas dimensões, implantada entre o caminho litoral e o mar, junto à Ribeira da Praia. De planta poligonal irregular (adaptada ao terreno), aproximando-se de um trapézio, desenvolvendo-se no sentido este-oeste, atingindo 46 metros de extensão. É constituída por uma plataforma abaluartada, hoje parcialmente murada, onde se rasgam as canhoneiras pelo lado sul (voltadas ao mar) e oeste (voltadas à ribeira), e onde, confinando com o caminho público (a norte), está implantado um corpo torreado de que restam as paredes resistentes.
Até 2008, a datação do Castelo da Praia era do século XVII, pois os investigadores datavam-no com base numa muralha que estava à vista, mas as novas escavações levadas acabo pela equipa do arqueólogo Élvio Sousa, permitiram encontrar uma outra muralha soterrada que os leva a admitir a raiz da construção no século XVI e, muito provavelmente, na segunda metade do século XV.
Élvio Sousa, coordenador do projeto EAMA (Estudo da Arqueologia Moderna dos Açores), adiantou-nos que “em 2008 foram feitas escavações no interior da torre que permitiram constatar, pelas fundações, que ela seria anterior ao século XVII”, o que acabou por ser confirmado em escavações posteriores”.
Estes investigadores encontraram uma construção junto à torre, uma muralha com uma largura de 90 centímetros que pertencia à estrutura defensiva do torreão. Este indício, que estava soterrado, permite recuar a datação que até agora era feita. Estes novos dados, segundo Élvio Sousa, revelam “sustentadamente o recuo de mais de 100 anos na antiguidade da fortificação, o que redesenha a arquitetura do forte”.
Tal como o CADEP-CN, outras força vivas da Ilha e agora o “Cordão Humano pelo Forte da Praia”, o conceituado investigador também defende a urgência de se preservar o forte, que “está cada vez mais desestabilizado”, tendo alertado em 2013 que, “em março, ruiu uma parte estruturante” daquela fortificação.
Faz todo o jus o gesto de cidadania deixado por este grupo de cidadãos e cidadãs, neste simbolismo de “Dar as mãos pelo Forte de S.João Batista”, pois se as entidades deixarem cair o torreão, o que não sei se aguentará mais um dois invernos, perde-se irremediavelmente todo o interesse arquitetónico daquele valioso património multissecular e apaga-se, fatalmente, uma fatia importante da história de Sta Maria e dos Açores.
“Povo que despreza a memória coletiva e o seu património, perde a sua “alma” e condena a sua “identidade”, correndo o risco de ser ignorado por não ter diferenças para mostrar, nem base diacrónica para se afirmar! (J.Melo) “
* In jornal “O Baluarte”
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Cordão humano pela recuperação do Forte de S.João Batista, na Praia Fomosa-Sta Maria. – Divulga e junte-se à causa.
O PRIMEIRO FORTE DOS AÇORES, precisa de intervenção URGENTE, antes que seja tarde demais.
“Forte de São João Baptista da Praia Formosa, também denominado como Castelo de São João Baptista ou Castelo da Praia, é uma das edificações históricas mais marcantes e valiosas de Santa Maria e também dos Açores, apontando escavações recentes que se trata da edificação do género mais antiga do arquipélago.
Em posição estratégica sobre este trecho da costa da ilha, constituiu-se num forte, outrora, destinado à defesa deste ancoradouro, contra os ataques de piratas e corsários que, num passado já longínquo, eram frequentes nesta região do oceano Atlântico.
Trata-se de uma fortificação de pequenas dimensões, implantada entre o caminho litoral e o mar, junto à Ribeira da Praia. De planta poligonal irregular (adaptada ao terreno), aproximando-se de um trapézio, desenvolvendo-se no sentido este-oeste, atingindo 46 metros de extensão. É constituída por uma plataforma abaluartada, hoje parcialmente murada, onde se rasgam as canhoneiras pelo lado sul (voltadas ao mar) e oeste (voltadas à ribeira), e onde, confinando com o caminho público (a norte), está implantado um corpo torreado de que restam as paredes resistentes.
Até 2008, a datação do Castelo da Praia era do século XVII, pois os investigadores datavam-no com base numa muralha que estava à vista, mas as novas escavações levadas acabo pela equipa do arqueólogo Élvio Sousa, permitiram encontrar uma outra muralha soterrada que os leva a admitir a raiz da construção no século XVI e, muito provavelmente, na segunda metade do século XV.
Élvio Sousa, coordenador do projeto EAMA (Estudo da Arqueologia Moderna dos Açores), adiantou-nos que “em 2008 foram feitas escavações no interior da torre que permitiram constatar, pelas fundações, que ela seria anterior ao século XVII”, o que acabou por ser confirmado em escavações posteriores”.
Estes investigadores encontraram uma construção junto à torre, uma muralha com uma largura de 90 centímetros que pertencia à estrutura defensiva do torreão. Este indício, que estava soterrado, permite recuar a datação que até agora era feita. Estes novos dados, segundo Élvio Sousa, revelam “sustentadamente o recuo de mais de 100 anos na antiguidade da fortificação, o que redesenha a arquitetura do forte”.
Tal como o CADEP-CN, outras força vivas da Ilha e agora o “Cordão Humano pelo Forte da Praia”, o conceituado investigador também defende a urgência de se preservar o forte, que “está cada vez mais desestabilizado”, tendo alertado em 2013 que, “em março, ruiu uma parte estruturante” daquela fortificação.
Faz todo o jus o gesto de cidadania deixado por este grupo de cidadãos e cidadãs, neste simbolismo de “Dar as mãos pelo Forte de S.João Batista”, pois se as entidades deixarem cair o torreão, o que não sei se aguentará mais um dois invernos, perde-se irremediavelmente todo o interesse arquitetónico daquele valioso património multissecular e apaga-se, fatalmente, uma fatia importante da história de Sta Maria e dos Açores.
“Povo que despreza a memória coletiva e o seu património, perde a sua “alma” e condena a sua “identidade”, correndo o risco de ser ignorado por não ter diferenças para mostrar, nem base diacrónica para se afirmar! (J.Melo) “
* In jornal “O Baluarte”
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  • Abilio Serra

    o q propoe para alem de que esta agora a ser feito pelo municipio?
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