″Português como língua de Timor foi consensual. Por razões que não têm nada que ver com o que alguns idiotas dizem, que é saudosismo″

 

Celebrou ontem os 72 anos o homem que recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1996, junto com o bispo Ximenes Belo, dando assim uma visibilidade global à luta do povo de Timor-Leste, antiga colónia portuguesa ocupada pela Indonésia. Depois da independência, em 2002, foi ministro dos Negócios Estrangeiros, depois primeiro-ministro e finalmente presidente da república. Vítima de um ataque armado quando era chefe do Estado, que o deixou entre a vida e a morte, recuperou e fez questão de manter um discurso de unidade nacional, como se nota nesta conversa com o DN em que a língua portuguesa, as relações internacionais do jovem país e o futuro da economia foram os temas.

Source: ″Português como língua de Timor foi consensual. Por razões que não têm nada que ver com o que alguns idiotas dizem, que é saudosismo″

MORREU JOÃO PAULO COTRIM

VIVER NÃO FOI EM VÃO
Partiu o João Paulo Cotrim (1965-2021). Para além (ou em complemento) de todo o legado que nos deixou nesta sua vida breve, o João Paulo Cotrim foi o único editor português por mim contactado que aceitou publicar, na sua «abysmo», os três volumes da edição crítica da «Poesia de Antero de Quental» por mim preparada.
A morte é sempre uma surpresa. É um «ai!» que se expira. A dele, foi-o para mim.
SOLEMNIA VERBA
Disse ao meu coração: Olha por quantos
Caminhos vãos andámos! Considera
Agora, desta altura fria e austera,
Os ermos que regaram nossos prantos…
Pó e cinzas, onde houve flor e encantos!
E noite, onde foi luz de primavera!
Olha a teus pés o mundo e desespera,
Semeador de sombras e quebrantos!
Porém o coração, feito valente
Na escola da tortura repetida,
E no uso do penar tornado crente,
Respondeu: Desta altura vejo o Amor!
Viver não foi em vão, se é isto a vida,
Nem foi de mais o desengano e a dor.
Anthero de Quental, «Os Sonetos Completos».
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Luis Cardoso de Noronha

Deveria cobrir este livro com uma mancha preta. João Paulo Cotrim deixou-nos. Uma tristeza. Uma grande tristeza!!!
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