osvaldo cabral UM GOVERNO A PRECISAR DE FÉRIAS

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UM GOVERNO A PRECISAR DE FÉRIAS
Se há quem precise de férias neste Agosto quente, é o Governo de José Manuel Bolieiro.
O acumular de asneiras neste Verão é de tal ordem, que o melhor a fazer é irem de férias, arejar a cabeça e regressar com outra genica para o resto da legislatura.
Falta estratégia e articulação política na coligação, com o velho problema de inabilidade de comunicação a agravar a falta de bom senso em muitas decisões, e com secretários regionais em nítida baixa de forma.
Começou com aquela grosseria, escusada, das prioridades nas creches, depois passou para a péssima gestão na nomeação da administração da SATA, continuou com os estilhaços sobre a ampliação da pista do Pico, nas declarações precipitadas e impensadas de Berta Cabral, sem medir as consequências políticas, concluindo por estes dias com aquele disparate pegado do encerramento das lojas da SATA, agravando o erro com o desatino da RIAC.
Simplesmente surreal com tanto amadorismo.
Pior era impossível.
Como se não bastasse, no meio de toda esta trapalhada, o governo está a cativar pagamentos a diversas instituições, empresas, famílias, deixando toda a gente à beira de um ataque de nervos.
Já tínhamos visto este filme nos governos anteriores, mas este chegou ao poder jurando que ia fazer diferente, deixando tudo igual ou ainda pior.
Primeiro foi a desculpa da governação por duodécimos, depois a burocracia do Orçamento Regional, mas o documento já foi aprovado e publicado há mais de um mês, há pagamentos já decretados em Jornal Oficial, como é o caso do PROMEDIA, mas os dinheiros teimam em não chegar à conta das empresas, cada vez mais estranguladas com tal aperto.
A economia açoriana pode não definhar nos próximos tempos, mas de certeza que não alavanca com esta política restritiva, burocrática e toda errada de uma administração pública que se comporta como a maior caloteira da Região.
São os bombeiros a queixarem-se de que têm famílias para sustentar, são os enfermeiros a endurecer o discurso por incumprimento de dívidas ao sector, são as associações de pesca e empresas de construção civil ainda à espera dos apoios financeiros do tempo da Covid (pandemia), são as Pequenas e Médias Empresas a reclamar pagamentos em atraso com 12 meses, é a hotelaria e a restauração também à espera dos apoios relativos à manutenção de empregos e uma quantidade enorme de fornecedores a reclamar atrasos que já ultrapassam os 100 milhões de euros.
A cereja em cima do bolo é a auditoria do Tribunal de Contas ao HDES, revelada esta semana, onde se constata que este governo continua a subfinanciar o sistema de saúde, como os anteriores faziam, não havendo diferença nenhuma.
Como diz um empresário de construção civil picoense, que já foi autarca, “já não vale a pena queixarmo-nos aos líderes da coligação, vamos directamente ao Pacheco do Chega, que ele encarrega-se de martelar contra o governo”.
É nisto que está transformada a política açoriana, com um líder da oposição de fins de semana, e os partidos a disputarem um campeonato sobre quem faz mais requerimentos e comunicados que ninguém liga, todos sentadinhos à beira da praia, a fingir que trabalham. Uma lástima!
José Manuel Bolieiro e a sua equipa levam para férias uma lista interminável de trapalhadas.
Faz hoje 150 dias que este governo tomou posse e o melhor que faz, em vez de apagar as velas do bolo, é ir de férias e refrescar as ideias.
Mas antes de porem a toalha ao ombro, não se esqueçam de pagar o que devem…
Boas férias!
Editorial Diário dos Açores 04-08-2024
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