o cerco do covid aos vivos

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O OUTONO DO NOSSO DESCONTENTAMENTO: Barcelona está deserta. Na Bélgica estoirou o Sistema de Saúde. Na Alemanha, Merkel está a impor medidas de confinamento draconianas, por não conseguir impedir o alastramento da epidemia. Em França, os hospitais rebentam com esta segunda vaga com dezenas de milhares de infetados e Macron a tornar mais rigoroso o recolher obrigatório. A Itália está exangue. A Inglaterra descontrolada. Na Rússia, que há dois meses anunciou a tal vacina, os infetados são aos milhares por dia. A Holanda que ajudar a Belgica mas já não tem condições hospitalares. A República Checa, a tal que no início da pandemia era o pedregulho que se atirava à cabeça da DGS, o exemplo dos exemplos de combate à Covid, é, agora, o segundo país com mais número de contaminados por cem mil habitantes.
A Europa estremece, alquebrada, pela força da pandemia. Nunca se viu nada assim. Depois da devastação da 2ª Guerra, as cidades tornaram-se centros de grande atividade e energia. Hoje sofrem, quase silenciosas. As economias nunca estiveram tão fragilizadas. Multiplicam-se os apelos para o distanciamento social, para a lavagem das mãos. A vacina milagrosa não chega. O medicamento eficaz ainda está longe e os hospitais rebentam pelas costuras.
O medo, a ansiedade, as rebeliões de desespero, a desorientação emocional cria movimentos de protesto, de indignação, de reivindicações. Não tenho dúvidas que, a continuar a agravar-se esta onda trituradora de Unidades de Cuidados Intensivos, de enfermarias sobrelotadas, a breve trecho, estamos perante revoltas e rebeliões de grande envergadura social e política. Os populismos espreitam. A fome, a miséria, o desemprego, a ruína das empresas serão os aceleradores desta grande explosão em potência.
Portugal não vai fugir a esta catástrofe. Aproximamo-nos dela. Não somos um ilhéu longe do pandemónio que abrasa a Europa. Mas por cá, habitados pelo sentimento de culpa, que há séculos transportamos no nosso ADN, despertaram ‘especialistas’ de aviário para apontar o dedo. Distraímo-nos e projetamos os nossos medos e ansiedades no dedo esticado à procura do culpado. Ainda iríamos a tempo se o histerismo não mandasse na produção de notícias, comentários onde os velhos inquisidores ressuscitaram.
Este é o tempo em que se exige sangue frio e serenidade. As ameaças não se extinguem com gritaria, nem se resolvem com alarmismo fácil e as armas para as combater são tão simples e tão fáceis.
E agora, vou escrever zangado.
Só os empedernidamente estúpidos ainda não entenderam. Só a incivilidade não compreendeu. Este desafio é de cada um de nós. Não é exclusivamente individual mas é dominantemente pessoal. E percebendo os grandes eventos, como o último, na Nazaré, ainda vamos a tempo de dar o exemplo à Europa em degradação.
LAVEM AS MÃOS, MANTENHAM DISTANCIAMENTO SOCIAL, PORRA!
É TÃO DIFICÍL DE COMPREENDER? OU TEMOS CORAGEM E DETERMINAÇÃO PARA ESTA DISCIPLINA QUASE MILITAR OU ESTA PANDEMIA VAI CAUSAR DANOS INCALCULÁVEIS.
É PEDIR DEMAIS PARA NÃO TERMOS COMPORTAMENTOS ESTÚPIDOS E DE RISCO? GOSTAMOS DE SER BURRICALHOS?
Enfim! Desculpem o mau humor, mas já me cansam os inquisidores, os ‘especialistas especializados em opiniões não especializadas’. Já cansa ouvir que não estamos esclarecidos, depois de centenas de conferencias de imprensa , de campanhas de prevenção e de todo o rol de avisos com que somos exocrinados dia após dia.
DISTANCIAMENTO SOCIAL E LAVAGEM FREQUENTE DAS MÃOS!
Vá lá. Já desabafei. Não levem a mal. Mas às vezes é difícil suportar a ignorância voluntária.
Boa Saúde para todos!
Enviado por um amigo.