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30 de Maio
CORPO DE DEUS
A origem do CORPUS CHRISTI Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XIII. O papa Urbano IV, teria recebido o segredo da freira agostiniana Juliana de Mont Cornillon, que alegava ter tido visões de Cristo demonstrando desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com maior destaque. Por volta de 1264, em Bolsena, cidade pertencente à Lacio em Itália ocorreu o episódio chamado de Milagre de Bolsena, em que um sacerdote celebrante da Santa Missa, no momento de partir a Sagrada Hóstia, teria visto sair dela sangue, que empapou o corporal (pano onde se apoiam o cálice e a patena durante a Missa). O papa determinou que os objetos milagrosos fossem trazidos para Orvieto em grande procissão em 19 de junho de 1264, sendo recebidos solenemente por Sua Santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico de que há notícia. A festa de Corpus Christi foi oficialmente instituída por Urbano IV com a publicação da bula Transiturus em 8 de setembro de 1264, para ser celebrada na quinta-feira, em clara alusão à quinta-feira santa da eucaristia, depois da oitava de Pentecostes, 60 dias depois da Páscoa.
Em Portugal, Ordenada por dom Dinis, a festa do Corpus Christi começou a ser celebrada em 1282, embora haja referências à sua comemoração desde os tempos de dom Afonso III, sendo Feriado Nacional, e comemorada em todas as dioceses com a procissão de adoração ao Santíssimo sacramento dirigida pelos Bispos.
Para um maior esplendor da solenidade, desejava Urbano IV um Ofício para ser cantado durante a celebração. O Ofício escolhido foi composto por São Tomás de Aquino, cujo título era Lauda Sion (Louva Sião). Este cântico permanece até a atualidade nas celebrações de Corpus Christi.
A título de curiosidade, na maioria das hóstias, está gravado um monograma JHS, ou IHS que é a transcrição do nome abreviado de Jesus em grego, ΙΗΣΟΥΣ.
Significando esta abreviação da frase em latim: “Iesus Hominum Salvator” (Jesus Salvador dos Homens).
Na gíria popular e ancestral, muitos interpretam de forma errada mas caricata como “Jesus Homem Salvador” ou “Jesus Hóstia Santa”.
O monograma foi adotado por Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, como emblema dos jesuítas. O papa Francisco, membro dos jesuítas, tem este monograma em seu escudo episcopal.
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