Homenagem a Manuela Barros Ferreira (1938-2022)

May be an image of 1 person
Homenagem a Manuela Barros Ferreira (1938-2022)
Faleceu este sábado, 23 de julho de 2022, a investigadora e linguista Manuela Barros Ferreira, autora de diversas obras publicadas pela Afrontamento, a saber: A Cor das Nuvens. Ilustração de Nádia Torres (2003); O Medronho – L Madronho – El Madroño. Ilustração de Nádia Torres (2015); Contos de Querer e Poder. Ilustração de Manuela Bacelar (2017); A Senhora de Todas as Mortes (2018); Relatório Circunstanciado de uma vida a dois (2021). Neste derradeiro livro, em que relata as memórias da vida que partilhou com Cláudio Torres, foi a própria Manuela Barros Ferreira que escreveu o seu resumo biográfico, que aqui recordamos: Nasceu em Braga a 8 de Setembro de 1938. Percorreu várias escolas e liceus até se fixar no Porto em 1956, onde frequentou dois anos do curso de Arquitectura e dois do de Pintura da Escola Superior de Belas Artes. Presa pela PIDE juntamente com Cláudio Torres, com ele casou e ambos se exilaram em 1961, primeiro em Marrocos e depois na Roménia. Em Bucareste formou-se em Filologia Românica, regressou a Portugal em 1973 e doutorou-se pela Universidade de Lisboa em 1987. Enquanto investigadora do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa, participou em vários projectos de Geografia Linguística, desde o Atlas Linguarum Europae (ALE), ao Atlas Linguístico-Etnográfico dos Açores (ALEA) e publicou trabalhos sobre os dialectos portugueses e a língua mirandesa. Depois da reforma, em 2003 passou a colaborar com o Campo Arqueológico de Mértola até 2015. Começou a publicar literatura de ficção em 2003. Foi sucessivamente conhecida como Manuela Ferreira (na escola), Manuela Alexandra (no Porto), Teresa Ramos (na Roménia), Manuela Barros (em Lisboa) e Manuela Barros Ferreira (nos escritos).
Like

Comment
Share
0 comments