DO JEJUM À TEMPURA

SOBRE A TEMPURA NO JAPÃO
Curiosidades
Já ouviu falar nas têmporas?
Adaptado de Redacção da Aleteia | Set 19, 2018
Pois saiba o que é e o seu significado, surpreendente e inspirador!
Uma antiga tradição da Igreja dedicava as quartas, sextas e sábados ao jejum e à oração durante as semanas de mudança de estação. Eram as chamadas “quatro têmporas“, já que mudamos de estação quatro vezes por ano.
A proposta das têmporas era pedir as bênçãos de Deus para a nova estação e, em especial, para as ordenações sacerdotais que costumavam ser celebradas na vigília de sábado para domingo.
As têmporas de Setembro, por exemplo, marcam o início da Primavera no hemisfério Sul e do Outono no hemisfério Norte. Elas convidam, ao mesmo tempo, à acção de graças a Deus pelos benefícios recebidos d’Ele e à oferta a Ele de um pequeno sacrifício representado pelo jejum ou pela abstinência.
Mas qual é o sentido desse jejum? O Catecismo de São Pio X explica:
O jejum das quatro têmporas foi instituído:
1 – Para santificar cada estação do ano com alguns dias de penitência;
2 – Para pedir a Deus que nos dê e conserve os frutos da terra;
3 – Para agradecer a Deus pelos frutos concedidos;
4 – Para pedir a Deus que dê à sua Igreja bons ministros, cuja ordenação se faz ordinariamente nos sábados das quatro têmporas.
O jejum não é uma obrigação nessas datas, mas uma devoção recomendada, a ser praticada voluntariamente. Por isso mesmo pode-se optar pela abstinência em vez do jejum. Essa prática tem o seu sentido alicerçado na purificação pessoal, no exercício do autodomínio, na capacidade de renúncia e abnegação e na atenção especial ao espírito.
“TÊMPORAS” À MESA!
Uma curiosidade: o tempurá é conhecido hoje mundo afora como um prato popular da culinária japonesa. Na verdade, ele tem origem portuguesa, foi “exportado” para o Japão pelos missionários católicos e é baptizado justamente por causa das quatro têmporas. É que, no século XVI, quando os marinheiros portugueses estabeleceram seus primeiros contactos com o povo japonês, viajavam com eles os missionários cristãos, que, durante as têmporas, praticavam a abstinência, comendo apenas verduras e peixe.
Resquício desse tipo de cozinha, em Portugal, são os chamados “peixinhos da horta”, feitos com tirinhas de feijão verde envolto em ovo e frito.
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