Estar a par dos acontecimentos mais importantes que se passam nas sociedades culturais no nosso mundo, é um trabalho desafiante e ao mesmo tempo hércule. Muitas horas a ler jornais internacionais, muito tempo nas redes sociais, enfim, só mesmo para estudiosos, jornalistas, ou reformados como eu.

O ano transacto de 2020, foi efervescente para estes grupos e a pandemia e os confinamentos, impulsionaram esta estirpe de criaturas alienadas. Com a queda do Donald nas ultimas eleições nos EUA, parece que o tema do grupo QAnon, que por aqui já abordei no ano passado, amainou ou hibernou, isto até ao início deste mês de Novembro, onde apoiantes do QAnon reúniram-se à espera de ver reaparecer o filho falecido da família Kennedy. John F. Kennedy jr, morto há 22 anos, reapareceria para anunciar Donald Trump como o “rei dos reis”… e reuniu centenas de pessoas em Dallas. Obviamente, ele não apareceu.

QAnon ou simplesmente Q, é uma teoria da conspiração de extrema direita, criada nos Estados Unidos, que alega haver uma cabala secreta, formada por adoradores de Satanás, pedófilos e canibais, que dirige uma rede global de tráfico sexual infantil e que esteve conspirando contra o ex-presidente Donald Trump e os seus apoiantes, durante o seu mandato.

A conspiração teria sido engendrada com base num plano secreto do denominado de “Estado Profundo”.

Enquanto isso, nós por cá, temos alguns vestígios de seguidores, algo baralhados com as convulsões sociais, que fazem parte da história da humanidade e que cavalgam nas tendências que vêm do lado de lá do Atlântico.

São insignificantes e em modo “mute”, até vermos, mas chegaram a fazer parte das preocupações das nossas autoridades policiais, pela eventualidade de estarem infiltradas nas forças policiais portuguesas.

“O universo da conspiração foi adaptado à realidade portuguesa: o governo do Partido Socialista foi acusado de instaurar uma ditadura de extrema-esquerda no país, Bill Gates era o responsável pela pandemia, a rede 5G estão relacionada com o coronavírus e as vacinas são falsas e produto de uma conspiração global”

A base de sustentação é da matriz original, teorias conspirativas de uma força de pedófilos entre políticos, figuras públicas, etc. que estariam a dominar as governações.

Para os mais distraídos, talvez entendam assim melhor as narrativas do grupo negacionista liderado pelo EX JUIZ Rui Fonseca e Castro.

Juristas pela Verdade, Jornalistas pela Verdade, Médicos pela Verdade, Habeas Corpus, são todos enxertos da mesma arvore, a dos alucinados!