Ricardo Branco Cepeda “Açores 2025! A Normalização do desequilíbrio!

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“Açores 2025! A Normalização do desequilíbrio!
O ano de 2025 confirma uma tendência inquietante na governação dos Açores, a normalização do desequilíbrio. Dívida elevada, custo de vida sufocante, um aparelho público excessivamente politizado e uma sensação difusa mas persistente de opacidade nas decisões. Tudo isto coexistiu com um discurso oficial de estabilidade e controlo que já poucos levam à letra ou acreditam.
A Região não está em colapso, mas também não está a convergir. E essa diferença é essencial.
Dívida: O Provisório se torna Permanente
A dívida pública regional permanece como o grande condicionador das políticas públicas. Apesar das narrativas de estabilização, a verdade é simples, os Açores continuam a depender de transferências extraordinárias do Estado e de engenharia orçamental para manter o funcionamento corrente.
Não se trata apenas de números. Trata-se de um modelo. Um modelo que aceita a dívida como dado adquirido, adia reformas estruturais e transfere custos para o futuro e Futuras Gerações. O risco não é somente a bancarrota iminente, mas algo mais subtil e duradouro, a perda de margem política para decidir com autonomia real.
Custo de Vida! Viver tornou-se um exercício de Resiliência e resistência para quase todos os Açorianos e Açorianas.
Para muitas famílias açorianas, 2025 foi mais um ano em que o rendimento ficou aquém da despesa. A Habitação tornou-se inacessível em várias ilhas, os bens essenciais mantêm preços elevados e a mobilidade continua a ser um problema estrutural.
A insularidade explica parte do fenómeno, mas não explica tudo. O que pesa é a ausência de uma estratégia consistente para aumentar rendimentos, fixar jovens qualificados e reduzir a dependência de apoios compensatórios.
Governa-se o custo, mas não se governa a causa.
O resultado é conhecido: emigração silenciosa das camadas mais jovens, desmotivação interna e envelhecimento acelerado.
Corrupção e influência: o desgaste da Confiança e a falta de Esperança!
2025 não ficará na memória por grandes processos judiciais nos Açores. Mas ficará marcado por algo igualmente corrosivo, a suspeita constante.
A perceção de proximidade excessiva entre poder político, administração pública e interesses particulares continua a desgastar a confiança dos cidadãos. Nomeações pouco transparentes, apoios mal explicados e decisões que raramente resistem ao escrutínio público alimentam um sentimento de impunidade, leviandade, mesmo quando não existe ilegalidade comprovada.
A política não vive apenas da legalidade. Vive da Credibilidade, da Ética e Princípios. E estas estão demasiado fragilizadas.
Nomeações, o Estado como extensão do poder
A administração regional continua excessivamente dependente do ciclo político. A promessa de despartidarização raramente sobrevive à prática governativa. Mudam os governos, mudam os nomes, mantêm-se os métodos.
Esta lógica enfraquece o Estado regional, desvaloriza os quadros técnicos e reforça a ideia de que o mérito é secundário face à lealdade. A médio prazo, o custo é demasiado elevado, ineficiência, descontinuidade e desconfiança institucional.
O Problema é Central, falta de Reforma, excesso de gestão
O maior problema dos Açores em 2025 não foi a crise, mas a ausência de reforma. Governou-se para manter equilíbrios imediatos, não para corrigir fragilidades estruturais. Preferiu-se gerir a pressão em vez de a resolver.
Faltou coragem para reformar a administração, rever prioridades, cortar redundâncias e apostar numa economia privada mais produtiva e menos dependente do Estado e com concursos públicos mais transparentes e eficientes.
Autonomia não é resignação e um baixar de braços
A autonomia regional é uma conquista política e histórica. Mas não pode ser confundida com conformismo financeiro nem com opacidade governativa. Autonomia exige responsabilidade, Transparência e Visão Estratégica.
Para concluir o ano de 2025 termina sem ruturas, mas também sem avanços decisivos. E isso, num contexto de perda demográfica e pressão social crescente, pode ser o maior risco de todos.
Porque adiar escolhas não é neutral. É, quase sempre, escolher continuar tudo como está.”

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Tiberio Figueiredo

Bom dia meu querido Amigo e irmão na Fé Ricardo desejo te e há tua Linda Familia uma Feliz e Abençoada Segunda feira Guerreiro e uma ótima semana quanto ao texto é tudo verdade é corajoso toca nas Feridas estamos sem rumo Falidos não temos dinheiro pa…

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Ricardo Branco Cepeda

Tiberio Figueiredo bom dia amigo. Sem dúvida… Vamos ter Fé em Deus 🙏😇🤍 Abraço forte e fraterno 💪

REEMBOLSO CTT VIAGENS AVIAO 5 HORAS

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Clientes dos CTT em Ponta Delgada com esperas de 5 horas para atendimento
Para receber reembolso do Subsídio Social de Mobilidade e para outros atendimentos, os clientes dos CTT em Ponta Delgada chegam a esperar cinco horas.
Os protestos sobem de tom com a deterioração do serviço nesta época.
Os protestos sobem de tom com a deterioração do serviço nesta época.

Os animais de estimação devem ser dependentes no IRS? Advogada americana processa o Fisco

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O processo argumenta que os animais dependem totalmente dos seus donos tal como as crianças dependem dos pais e alega que a lei atual

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1.200 euros: Lidl não paga abaixo desse valor

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Empresa anuncia o seu maior investimento salarial de sempre. Salário base passa de 900 para 1.000 euros, e ainda há o subsídio de refeição.

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a culpa é dos pobres

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A culpa é dos pobres.
Pelo menos, a direita precisa que pareça ser.
Não é apenas um desvio de atenção.
É uma forma de estar neste novo mundo.
Hierárquico. Desigual. Brutal. Covarde.
Perante um problema, a direita não pergunta quem lucra com o problema.
Pergunta onde está o fraco.
Olha em volta, identifica o agressor e a vítima — e depois faz a escolha mais confortável.
Junta-se ao agressor.
E, em coro, começa a pontapear quem já está no chão.
O SNS degrada-se???
Não é o subfinanciamento crónico.
Não é a privatização encapotada que rouba médicos ao sistema público e os entrega aos negócios das doenças.
É o “excesso de gente pobre sem seguro” a usar o SNS.
A escola pública está em colapso???
Não é a falta de investimento.
Não é o abandono deliberado do Estado para dar lucro ao privado.
São os alunos pobres que “estragam as coisas”.
As creches não chegam???
Não é ausência de política pública para poupar impostos aos bilionários.
São as famílias pobres que “passam à frente”.
O preço da habitação disparou???
Não é porque a construção se concentrou no luxo.
Não é porque a reabilitação saiu do arrendamento acessível para alimentar o turismo e a especulação.
Não é porque a mão-de-obra foi sugada para projetos de alto retorno, enquanto se repete, com hipocrisia, que “faltam trabalhadores para construir casas” e, ao mesmo tempo, “acabem com a imigração”.
Não é porque o estado abandonou a habitação pública.
A culpa é óbviamente do pobre imigrante.
É OBSCENO.
Os lucros dos fundos imobiliários disparam. As vendas de carros de luxo sobem 11% num só ano. As rendas batem recordes. O património concentra-se cada vez mais no topo. Somos a “melhor economia do mundo”.
Mas quando as pessoas se perguntam porque a riqueza não chega a elas…a narrativa repete-se, intacta:
“o problema é quem veio trabalhar”
“o problema é o trabalhador que não aceita ser mais precário”
“o problema é que ainda não tens medo suficiente”
“o problema é o dono do Lamborghini pagar muitos impostos”.
Esta lógica não é nova.
Proteger o forte.
Culpar o fraco.
Esmagar quem não se pode defender.
É a lógica do cobarde.
Nunca enfrenta o poder económico.
Nunca enfrenta o capital concentrado.
Mas encontra sempre coragem para pontapear quem está abaixo.
Cuidado.
Porque quando uma sociedade normaliza pisar os fracos, um dia acorda e descobre que já não há fracos suficientes. E percebe, tarde demais, que é a classe média que está agora no chão.
Pior do que piorar, é que isto vai passar a ser o novo normal.

TSD/Açores congratulam-se com aumento do salário mínimo regional – jornalacores9.pt

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O líder dos TSD/Açores, Joaquim Machado, congratulou-se hoje com o aumento do salário mínimo regional para 2026, que passará a fixar-se nos 966 euros, considerando este um “passo decisivo” para o rendimento das famílias. Joaquim Machado, citado em nota de imprensa, considera que o aumento do salário mínimo “tem um impacto particularmente positivo junto das […]

Source: TSD/Açores congratulam-se com aumento do salário mínimo regional – jornalacores9.pt

Ministério do Trabalho remete para Governo dos Açores transferências reivindicadas por IPSS (AUTONOMIA SÓ QUANDO CONVÉM

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Ministério rejeitou esta sexta-feira ter verbas em atraso para as IPSS.

Source: Ministério do Trabalho remete para Governo dos Açores transferências reivindicadas por IPSS – Política – Correio da Manhã