BOLIEIRO E (A FALTA D)O MURRO NA MESA

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A falta de um “murro na mesa”
O dr. António Costa, quer se goste ou não, para o bem e para o mal, sabe mais de política a dormir do que muitos outros políticos acordados. Quando criou a “geringonça”, não levou os parceiros da coligação para o Governo. Não deu protagonismo governamental ao PCP e ao BE. Foi apenas lhes dando uns “rebuçados” aqui e ali para eles aprovarem seis Orçamentos de Estado.
Nos Açores, o presidente do PSD, com óbvia ingenuidade política, ao constituir uma coligação de direita, levou para o Governo Regional CDS e PPM, que, embora com limitadíssima representatividade eleitoral e parlamentar, resolveram chamar a si um protagonismo político que, de modo algum, lhes caberia.
Como o PSD precisa deles para estar no poder regional, não tem tido outro remédio senão aturar-lhes várias faltas de humildade política e deslealdades institucionais.
O que se passa actualmente nos Açores é muito mais do que a existência de problemas no sector da Saúde. É uma autêntica crise política mais vasta, que fragiliza todo o Governo Regional. CDS e PPM são os principais responsáveis pela instabilidade institucional, pois teimam em não se colocarem no seu devido lugar e em agitarem directa ou indirectamente a coligação.
O presidente do Governo Regional, por impreparação para o cargo e pela sua própria personalidade de só querer “diálogos”, “consensos” e “equilíbrios”, não consegue dar um “murro na mesa” e, portanto, os parceiros da coligação fazem-lhe a “folha” com facilidade.
O dr. José Manuel Bolieiro cometeu desde o início um grande erro, que foi dar protagonismo governamental ao CDS e ao PPM. Agora aguente-se, se puder e se ainda for a tempo.
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