AS BARRACAS ESTÃO DE VOLTA

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As barracas estão de volta. Nos arredores de Ponta Delgada, estão a surgir algumas barracas como resultado de dinâmicas urbanas muito diferentes das que foram responsáveis pelo recurso a este tipo de habitação, em tempos pretéritos.
No passado o completo abandono a que algumas pessoas eram sujeitas, obrigavam-nas a ter que recorrer a uma barraca para poder ter um teto. Hoje vivemos num mundo aparentemente diferente mas o fenómeno está de volta.
Não me parece que a solução seja fácil, porém, numa comunidade pequena, como é a nossa, não vejo equipas no campo a tentar combater este ressurgimento, que evidencia um retrocesso civilizacional. Os”doutores” deviam estar no terreno com equipas multidisciplinares a dar o “corpo ao manifesto”, em vez de estarem sentados nos seus gabinetes a assinar papéis e a dar ordens.
Claro que o poder político é o principal responsável, porque para que exista vontade em combater esta situação é necessário investimento e vontade política. Já lá vai o tempo em que a caridade de muitos católicos era a principal forma de combate a situações como estas. Hoje o problema é muito mais complexo e no entanto vejo os nossos representantes de mãos para baixo, a olhar este fenómeno sem saber o que fazer. Para isto não são necessários governantes. O que se espera é que tenham o perspicácia de compreender que este fenómeno é novo e que deve ser atacado já, porque “esta planta pega de galho” e quando a floresta estiver densa, tudo será mais difícil de combater.
Como habitante desta “aldeia” custa-me aceitar a inoperância dos nossos representantes e assistir a espetáculos degradantes onde os sem-abrigo proliferam perante o olhar impávido de quem devia estar a combatê-los. Não aceito o argumento de que é impossível resolver este problema. Se for para racicionar assim, não são necessários políticos, bastam administradores de carreira. Se temos políticos eleitos e pagos devemos exigir soluções divergentes para problemas complexos, caso contrário, não sei para que servem estes nossos governantes.
P.S. – Este problema envolve o poder autárquico, poder regional e o recurso a programas comunitários, já que de Lisboa não espero nada, basta olhar para as áreas onde o Terreiro do Paço tem obrigações.

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