açores arqueologia subaquática excluída

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Um caso GRAVÍSSIMO para a Região.
Começo por vos pedir, mais uma vez, para partilharem isto, ao máximo que puderem.
Custa-me ser chato com isto, mas é do futuro da minha profissão e da minha terra que se trata.
Digo, também, que sou funcionário público, representante e coordenador de vários projetos referentes à arqueologia nos Açores e no mundo. Mas este meu comentário não vincula qualquer instituição. É meu, como cidadão, arqueólogo e açoriano.
O Despacho referido no texto que segue a baixo, e já devidamente sinalizado antes pelo Alexandre Monteiro, é uma aberração. Foi feito sem auscultar os Açores e a Madeira, com um incompreensível sentimento de impunidade e superioridade moral que só assiste a um tipo muito específico de ser humano.
O Despacho retira quase todas as competências de gestão da arqueologia subaquática aos arqueólogos, e retira toda a representatividade dos arquipélagos, ofendendo a autonomia, e indo contra a lei em vigor, bem como contra a Constituição. Para além disso, militariza a gestão e operacionalização da defesa do património, que passa das mãos de profissionais academicamente acreditados para militares treinados para cumprir cegamente as ordens superiores. Mesmo que a ordem seja destruir. Ou pior, vender.
Que fique bem claro. O Despacho não pode ser resolvido com uma alteração que envolva abrir a discussão com a presença de representantes dos Açores e da Madeira. Por mais que isso possa parecer suficiente, não o é, porque continuaria a ser a Marinha a mandar por maioria quase, quase absoluta. E com a provável conivência de alguns dos outros representantes.
Este Despacho não se resolve continuando a ir contra a lei que foi feita para nos proteger.
Este Despacho não se resolve com um compromisso de cavalheirismo, quando foi feito nas nossas costas e contra a nossa vontade.
Este Despacho não se resolve. Combate-se.
Como escreve o meu querido amigo Zé, este Despacho deve simplesmente ser abolido.
Apelo a todos os partidos políticos democráticos, em Portugal.
Apelo a todas as pessoas com representatividade política nos Açores e na Madeira.
A quem trabalha em arqueologia, em história, em património cultural e em cultura.
Apelo a todas as pessoas que acreditam no nosso trabalho e valorizam o que deve ser de todos nós.
Apelo à vossa ajuda. Sozinho não chego lá.
Peço que partilhem, e que se juntem a estas vozes.
É urgente resisitir.
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