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VIGIA
A carga simbólica da torre aqui, mais uma vez, a cumprir-se.
Porque encerra segredos. Porque nela se encarceravam donzelas inocentes. Porque dela se vê um mundo que se quer e não se tem. Porque também dela sai uma visão espartilhada desse mundo e nunca do seu todo.
Pois aquela igreja, aquela árvore e aquele mar não são assim exatamente.
Na torre de vigia só fazemos uso dos olhos. Onde o fresco do mar? E o zoar do vento nas Araucárias? E o sabor da cidade? E os cheiros que dela vêm?
A torre de vigia está fora do mundo que vivemos por dentro.
Maria João Ruivo
![No photo description available.](https://scontent.fpdl1-1.fna.fbcdn.net/v/t31.18172-8/1399788_693667427318158_930047691_o.jpg?stp=dst-jpg_p526x296&_nc_cat=109&ccb=1-7&_nc_sid=9b3078&_nc_ohc=s5MoRbfG-DgAX_kNwXI&_nc_ht=scontent.fpdl1-1.fna&oh=00_AfClvp0muD7NApe9fK2JoIALVJsBdDr2qw5F_dT_2e7XfQ&oe=655B2A3A)
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Ana Franco
Maria João, que beleza de texto! Publique, com frequência, alguns textos para irmos saboreando e abrindo o apetite para a obra completa. A beleza é um antídoto para a doença generalizada da humanidade actual.
Um beijinho.
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