A PISTA DA HORTA, CARLOS FARIA

Meu artigo de opinião publicado hoje no diário do Faial “Incentivo”:
ENTRE O AEROPORTO E OS CORREIOS
1.Os Presidentes dos órgãos executivo e do conselho de administração da ANA vieram visitar o do Governo dos Açores para dar conhecimento dos investimentos da empresa previstos para a Região, só que o principal foco de atenção recaíu sobre as obras nas pistas do aeroporto da Horta.
Pelo que se ficou a saber das declarações depois da visita, para já, a prioridade é executar as ampliações mínimas de segurança nas cabeceiras das pistas até 2024, ou seja: os 90 metros conhecidos por RESA. Entretanto, a mesma ANA mostrou abertura e interesse para mais tarde também executar as ampliações conformes com as reivindicações dos Faialenses, estas visam não apenas eliminar as penalizações da situação atual sobre os aviões que já cá aterram, mas também aumentar as condições de operacionalidade deste aeroporto para este poder receber outras aeronaves que agora estão impedidas de voar para Horta dada as dimensões desta infraestrutura.
Há anos que assumo nesta coluna que as obras de ampliação das pistas da Horta conforme com a vontade dos Faialenses constituem a principal prioridade dos investimentos nesta ilha, pois esta infraestrutura é a principal condicionante de acessibilidades ao Faial que compromete o crescimento económico, não só turístico, mas também a circulação de mercadoria. Aspetos que importa ultrapassar para viabilizar de forma sustentada as dinâmicas comerciais e industriais desta terra.
Assim, qualquer compromisso de execução de melhorias neste aeroporto é bem vinda, contudo não sou daqueles que se contentam com prestações pelos mínimos e por isso as declarações de Ligonnière souberam-me a pouco. Não apenas porque as obras ainda não se iniciaram, mas sobretudo porque ficou evidente que uma possível ampliação da pista para além das RESA ficaria perspetivada para uma segunda fase que não se sabe para quando e ainda cercada de muitas incertezas sobre as condições para ser concretizada.
Sou de opinião que quando se pega numa obra deve-se aproveitar o momento para fazer tudo o que é necessário e não deixar uma parte a fermentar para mais tarde, até porque já me habituei que no Faial as fases assim deixadas levam demasiado tempo a levedar ou nunca chegam a ser cozinhadas.
Deste modo insisto: todos os poderes desta ilha devem-se unir para que a ANA e o Governo dos Açores e se possível o da República (dado que este nunca manifestou interesse em participar numa ampliação conforme às reivindicações dos Faialenses) para que se consiga fazer de uma só vez todas as obras necessárias em matéria de ampliação das pistas do aeroporto além dos mínimos obrigatórios para esta infraestrutura não ser penalizada sem deixar a nossa a pretensão para mais tarde.
2.Um colunista residente de um jornal, como é o meu caso no “Incentivo”, precisa de acompanhar a informação para depois opinar sobre a realidade. Como colaboro num orgão de comunicação local são as notícias e discussões desta terra as que suportam a maioria dos meus artigos aqui publicados e apesar de hoje em dia as redes sociais serem um meio de transmissão de comunicação, ainda sou dos que considera fundamental ler os jornais desta terra e para isso estou dependente dos correios.
Já não é a primeira vez que denuncio aqui o falta de qualidade de distribuição do correio à sexta-feira em freguesias rurais do Faial, há semanas que tanto o diário como o semanário que são distribuídos aos leitores desta ilha para o serem lidos durante o fim de semana chegam-me a casa três dias depois da sua publicação: 10 km que são intransponíveis ao suporte em papel à `sexta-feira! Eis um serviço postal que não é convenientemente prestado no concelho da Horta sem que nenhuma autoridade ou força política e mesmo noticiosa mostre publicamente que está a acompanhar a situação e a intervir para que se corrija o problema ou que os culpados pela falha na qualidade deste serviço público, que é prestado por um privado que tem determinadas obrigações para cumprir, seja penalizado pela forma como as desrespeita e despreza certas povoações fora da cidade.
Chrys Chrystello
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