PANDORA, O MITO

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O mito da Caixa de Pandora
Nietzsche lembra que no fundo da caixa havia um resíduo de esperança, o que é um presente envenenado. A humanidade aguenta a fome, o ódio, a dor, a pobreza, a inveja e a guerra, mas como há um resíduo de esperança tudo tolera pois acalenta a ideia que tempos melhores virão. Sempre achei esta ideia o espírito da revolução, rejeitar a esperança, descartar a sua força de inibição. Mas julgo agora que a compreensão deste mito é algo manco. Vejam lá que os deuses guardavam os males numa caixa e pregaram uma partida à humanidade. Há qualquer coisa que está a escapar. Como é habitual nestas narrativas, um elemento que nos escapa, uma lacuna de ignorância pode arrasar a nossa compreensão, como na teoria do caos, que uma ligeira e suave circunstância inicial tanto pode terminar num tornado ou no bater de asas de uma borboleta. E eu admito que tenho esperança.
Imagem – Caixa de Pandora
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Sobre CHRYS CHRYSTELLO

Chrys Chrystello jornalista, tradutor e presidente da direção da AICL
Esta entrada foi publicada em Historia religião teologia filosofia. ligação permanente.

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