a saída da ryanair

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Eventual saída da Ryanair dos Açores pode gerar perdas de 31% no alojamento local
A possível saída da Ryanair dos Açores pode ser “extremamente negativa para a região, não só diretamente para o turismo na época baixa, mas também na promoção do destino Açores”, nota o Associação de Alojamento Local da região
A Associação do Alojamento Local dos Açores (ALA) manifestou, esta terça-feira, “preocupação” com a possível saída da operadora aérea de baixo custo Ryanair da região, o que poderá implicar perdas na ordem dos 31% para o setor.
“A ALA vê com grande preocupação a possível saída da Ryanair do espaço aéreo dos Açores, já que, diariamente, adensam-se as notícias quanto a um possível desfecho negativo das negociações em curso”, afirma a ALA, em nota de imprensa.
De acordo com a ALA, “tal desfecho seria extremamente negativo para a região, não só diretamente para o turismo na época baixa, mas também na promoção do destino Açores, tendo em conta a capacidade desta companhia aérea de chegar aos grandes mercado emissores”.
A ALA, citando um inquérito realizado junto dos seus associados, refere que “cerca de 38% afirmaram já estar a sentir o impacto da incerteza em torno da permanência da Ryanair nos Açores, dado que as reservas de voos estão bloqueadas a partir de novembro”.
“Ao estratificar estes dados, em São Miguel, praticamente 42% dos inquiridos afirmam já estar a sentir o impacto desta situação. Em média, estima-se que, caso a Ryanair deixe efetivamente de voar para os Açores na época baixa, o ALA sofra perdas na ordem dos 31%”, sustenta o organismo.
Em 27 de julho, a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, disse que “estão no bom caminho” as negociações do Governo Regional com a empresa de aviação Ryanair para a manutenção da base da companhia no arquipélago.
“Neste momento, do nosso lado, as questões estão muito bem encaminhadas. Mas, há de facto ainda situações para resolver com a ANA [Aeroportos de Portugal] Vinci. E são essas que estão pendentes e um acordo só está fechado quando estiver fechado com as três partes”, disse Berta Cabral aos jornalistas, em Ponta Delgada, no final de uma reunião com o executivo da ANA.
Na altura, o Jornal de Negócios noticiou que a Ryanair e o Governo dos Açores ainda não tinham chegado a um entendimento para a manutenção da base da companhia aérea no arquipélago.
Ao Jornal de Negócios, o CEO da companhia aérea, Eddie Wilson, confirmou a manutenção das negociações, mas disse que não tinha ainda existido “nenhum desenvolvimento para incentivar” a empresa a ficar e que a decisão de sair de Ponta Delgada estaria “iminente”’
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(Expresso de 22.08.2023)
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Tiago Soares

Estas perdas de 31% são em relação a quê? Em relação a período homólogo do ano passado? Em relação a alguma previsão que tinham feito no início do ano? A ALA baseou esta previsão de perda com base em quê?
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Sobre CHRYS CHRYSTELLO

Chrys Chrystello jornalista, tradutor e presidente da direção da AICL
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