coerência do PCP

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«Ê» –
Habituamo-nos a ler e a ouvir que o PCP tem sido e é um partido ideologicamente coerente.
Ora, face à mais severa actualidade que estamos a viver, e face a muitas outras situações que vêm do antecedente, constatamos que o PCP – Partido Comunista Português é tudo menos coerente com o ideário que diz defender.
– Como é que um partido que se diz «comunista» apoia um regime nacional-imperialista [ a Rússia do «Czar» Putin…] e que em termos ideológicos situa-se nas águas da extrema-direita e do conservadorismo mais reacionário que existe na Europa e no Mundo ?
– Como é que um partido que se diz «comunista» apoia um regime de capitalismo de Estado misturado com o neo-liberalismo mais selvagem que existe à face da Terra , o qual produz bilionários oligarcas que exploram os trabalhadores russos e expropriam os bens e os recursos daquele imenso país para benefício duma nova corte czarista de privilegiados, como acontecia no tempo dos Romanov?
– Como é que um partido que se diz «internacionalista» e que defende a «libertação dos povos». nega a existência e a independência doutros povos, vizinhos da Rússia?
– Como é que o PCP tem simpatia e talvez até reconheça as repúblicas separatistas de Donetsk e de Lugansk (no Donbass, leste da Ucrânia), quando aqui nos Açores foi sempre visceralmente contra os movimentos independentistas açorianos e madeirenses?
– Sabemos que o conflito entre a Ucrânia e a Rússia não tem explicação simples, mas uma coisa é certa – a Rússia, a pretexto da sua sacrossanta defesa, está invadindo uma nação e um estado por ela anteriormente reconhecido e está agredindo barbaramente um povo, orgulhoso do seu passado e esperançoso num futuro melhor.
– A única «coerência» do PCP que constatamos é o seu patológico «anti-americanismo», muito simétrico a quem sofre de anti-comunismo primário.
– O PCP deixou de ser «comunista» e passou a ser um partido russófilo, talvez para compensar o trauma histórico da queda da URSS e do Muro de Berlim…. só pode!
– É tão triste como paradoxal ver um partido com pergaminhos na luta contra o fascismo em Portugal e no contributo decisivo pelo derrube do Estado Novo em 25 de Abril, se sujeitar acriticamente à estratégia geo-política duma super-potência militar de pendor neo-fascista , a qual agride e ameaça povos e nações, suas vizinhas, já para não falar do apoio ao regime capitalista neo-liberal do Império do Meio [China].
– Mas há coisas que nós não devemos ficar admirados pois em 1939 o PCP apoiou o Pacto Germano-Soviético, conhecido por Pacto Molotov-Ribbentrop, o qual estabelecia «esferas de influência» entre o III Reich de Adolf Hitler e a União Soviética de José Estaline.
Com esse pacto «diabólico» vários estados e territórios foram partilhados entre os outorgantes , entre os quais se destaca a divisão da Polónia entre nazis e soviéticos…
– A História explica tudo isso…
Foto – by ABC de Madrid – manif’s nacional bolchevistas em Moscovo, reprimidas pelo regime de Putin.
@ Ryc
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