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AS ENIGMÁTICAS LINHAS DE NAZCA
As célebres figuras geométricas e biomórficas de Nazca e Palpa estão traçadas nas mesetas desérticas que se estendem no sopé da cordilheira, entre as actuais povoações de Nazca e Palpa, no sul do Peru. Trata-se de conjuntos de linhas com uma centena de desenhos em forma de espiral, 18 desenhos de pássaros e umas 10 figuras zoomorfas, representando peixes, um símio, uma aranha, etc.
Em meados do século XX, a geóloga alemã Maria Reiche empreendeu a tarefa de medir e analisar estas figuras enigmáticas, até que, em 1976, graças à fotografia aérea, Reiche traçou o mapa mais completo que existe sobre este vasto complexo. Segundo as conclusões da geóloga alemã, este conjunto de linhas e figuras constitui um gigantesco calendário que inclui signos astronómicos. Estas linhas estão cavadas no solo a uma profundidade de 30 cm.
A existência de todas estas figuras vem demonstrar que os habitantes da costa peruana tinham alcançado um nível cultural, tecnológico e científico impressionante. O facto de reproduzir as figuras em diversas escalas implica a existência de espíritos capazes de conceber projectos abstractos, com uma grande faculdade para as matemáticas, o que nos afasta totalmente do conceito de “homens primitivos” que se tinha em relação a estas culturas pré-colombianas, cujo motor real foi a magia religiosa unida a um alto desenvolvimento científico.
in “O IMPÉRIO DO SOL – BREVE HISTÓRIA DOS INCAS”, Eduardo Amarante