um poeta-ministro das finanças 1972

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388.2. um poeta-ministro das finanças 1972 CHRYS

Um poeta-ministro das finanças

seria uma calamidade económica.

Se houvesse um ciclone

não importaria o vento nas frestas do ministério

haveria subvenções aos desgraçados dos “bidonvilles”.

Quando houvesse um terramoto

seriam salvos os soterrados mais pobres

para terem uma vida (MAIS) decente.

Os ricos pagariam mais impostos

miseráveis, pedintes, velhos

seriam a elite do desafogo.

Os novos teriam subsídios de amor.

Os industriais da guerra passariam a lavradores

para ninguém morrer de fome.

Num país assim os poetas seriam desnecessários

para dar corpo a tal mito.

Mas é urgente descobrir um poeta

 

REPITO

É INDISPENSÁVEL UM SÓ!

PARA MINISTRO DAS FINANÇAS.