DROGAS SINTÉTICAS
Nos últimos 3 anos o consumo e tráfico de drogas sintéticas disparou como nenhuma outra droga por cá.
Os efeitos na sociedade são também muito mais visíveis do que qualquer outra droga.
Além dos vários sítios por toda a ilha, existe lê-lo menos 3 zonas no coração de Ponta Delgada que o tráfico acontece em plena luz do dia sem qualquer tentativa de esconder: atrás do antigo hospital, na arquinha e nas laranjeiras.
Eu por saber exactamente a morada de algumas dessas casas já me dirigi à PJ de Ponta Delgada que informou-me que esse tipo de tráfico é da competência da PSP.
Fui à
PSP – Comando Regional dos Açores onde perdi horas a preencher queixas, sendo que tenho sempre de salientar como é que esse assunto me “prejudica”, queixas estas que vão para análise superior e talvez, se houver mais queixas, consigam mandato do Tribunal de Ponta Delgada para intervir…
Dizem-me que alguns dos componentes já foram identificados como ilegais mas há pouca ou nenhuma força política para travar este problema por cá. Quem conhecer pessoal da PSP que fale com eles e conheça a nossa triste realidade.
Entretanto passam-se meses, estes crimonosos ganham confiança, multiplicam a desgraça por outros e há pessoas com medo de circular em certas zonas da cidade, o centro histórico tem malta dessa em cada canto que, a menos que façam mal a alguém não se pode fazer nada, e os próprios turistas já levam uma má imagem do nosso centro histórico inundado por pedintes muitas vezes em estados completamente decadentes.
A minha pergunta é, estará a nossa PSP tão limitada por burocracia? Isto ajuda quem?
Eu acho que tenho uma responsabilidade enquanto munícipe e faço queixa sempre que sei de algo em concreto, a PSP diz que sabe de imensas situações mas que raramente as pessoas formalizam as queixas. Quem mora nessas áreas tem essa obrigação!
Sinto que estamos a rumar muito rapidamente para uma situação sem retorno e que ninguém faz nada para a travar… fazem mais alarido com o fecho de 50 metros de rua mas ninguém tira 1h do seu tempo para ir à PSP fazer queixa e dar-lhes instrumentos para acabar com este flagelo.
É perguntarmo-nos, enquanto comunidade, se não haverá mais que possamos fazer com muito pouco esforço para que os nossos filhos possam continuar a andar pela cidade sem olhar pelo ombro.