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O nosso confinamento social está de facto a forçar a descer a curva epidemiológica portuguesa.
Hoje em Portugal tivemos mais 902 casos de Covid-19, abaixo dos esperados 118. Esse último valor já está a entrar em conta com os efeitos positivos do confinamento social dos últimos 9 dias. Significa isso que conseguimos evitar 216 novos casos de infeção de ontem para hoje no país.
Pode parecer pouco, mas poderíamos estar hoje num mínimo de 9694 casos (Jorge Buescu) ou num cenário muito pior e semelhante a Itália com 24 866 casos (Jorge Buescu).
Termos evitado 216 casos hoje, implica que retirámos de amanhã cerca de 432 novos casos, no dia seguinte 862 novos casos e assim sucessivamente.
Relativamente ao número de óbitos que subiu uma centena relativamente a ontem, evitamos menos casos com o confinamento social quando comparados com os dias anteriores. Evitamos apenas 7 fatalidades relativamente ao expectável. Esse efeito tão pequeno do isolamento social na redução do número de óbitos está certamente relacionado com o facto de termos deixado o vírus entrar em casas de repouso ou de acolhimento de idosos. Mesmo assim, evitamos que o número de óbitos amanhã crescesse acima do expectável mais 8 casos, no dia seguinte mais 12, e depois 16, 22, 30…etc.
É muito provável que amanhã se ultrapasse no país a barreira dos 6000 infetados (ou andar muito perto), mesmo com o confinamento social. Os efeitos desse confinamento não são imediatos como todos sabem.
Este gráfico do “The Economist” tenta analisar o efeito de “ficar em casa” nesta pandemia.
