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«COMO UM MARINHEIRO EU PARTIREI – UMA VIAGEM COM JACQUES BREL»
Uma viagem aos últimos anos de vida de Brel, à sua passagem pela Horta, à fuga aos holofotes e a tudo o que de mais pernicioso a fama pode transportar: eis o primeiro ancoradouro e talvez o mais evidente dos vários que compõem este livro. Todavia, a riqueza literária não se esgota e vai robustecendo, à medida que se desenham outras escalas, sobretudo aquela que decorre num mapa interior, a viagem ao íntimo, até ao quadrante mais pessoal e mais oculto do narrador e para o qual nenhum azimute o poderá carrear. Neste âmbito e num registo emocionado, somos levados a recordar que escolher é deixar de fora, e que optar, para além de um risco, implica sempre uma perda.
Este é um livro de exceção, que merece ser amplamente lido pelas mais variadas geografias, mas particularmente nos Açores e pelos açorianos, já que é narrado um naco de história que, possivelmente, será desconhecido da maior parte das pessoas. Ademais, representa uma viagem emocionante que resulta de uma forma de estar e de “viver perigosamente”. É preciso ir ler, “é preciso ir ver”.
Nuno Costa Santos, «Como Um Marinheiro Eu Partirei – Uma Viagem Com Jacques Brel», Penguin, 2023
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