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SAÚDE: AGRADECIMENTO OU SUBORNO?
É sabido há muitos anos que as farmacêuticas sempre deram prémios chorudos aos médicos por receitarem os seus medicamentos. Por São Miguel já tivemos desde ofertas de viaturas a férias de luxo para toda a família.
O crescimento da oferta dos genéricos veio dificultar um pouco as contas mas ainda assim, em pleno 2021 temos médicos a passar férias com tudo pago à conta do Grupo Medinfar (e não só), médicos jovens, muito jovens que deviam ser a próxima geração daqueles que prometeram cuidar da nossa saúde e vendem-se a troco de um destino de praia e alguns jantares… é triste.
Muitos dirão que não é suborno e que os medicamentos têm o mesmo principio ativo e não tem qualquer diferença de outros. Independentemente de ser ou não verdade, o certo é que na grande maioria das vezes a escolha cai para certas marcas, já forçadas nas receitas.
Que as farmácias o façam, não critico, é um ponto de venda e já sabemos como funciona o mercado. Que médicos do serviço público o façam já acho asqueroso.
A informação é posteriormente vendida às mesmas farmacêuticas que têm acesso ao que foi prescrito pelos médicos como de um cartão de pontos se tratasse, sendo depois compensados em férias com tudo pago e acompanhados pelo representante (salesman) da farmacêutica.
O pretexto? Esse é fácil, vão em “formação”, existe sempre uma formação para ir.
Qualquer médico sabe ao que me refiro e de certo conhece casos, inclusive há um grupo que está neste preciso momento a ler esta publicação do seu quarto de hotel.
A questão é, o que diz a Ordem dos Médicos sobre isto? Não há código deontológico? Isto não envergonha ninguém? O que dizem os restantes colegas sobre isto e porque ninguém se manifesta?
Infelizmente a saúde é cada vez mais um negócio, temos a sorte de ter um bom sistema de saúde quando comparado a muitos países e temos, no meu entender, de cortar estes (e outros) esquemas pela raíz para o preservar.
Esta publicação tem o intuito de dar a conhecer esta realidade para quem não a conhece e saber, de forma educada e objetiva, qual a opinião geral e até, legalidade destas jogadas numa área tão sensível e dispendiosa como a saúde.

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