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https://blog.lusofonias.net/wp-content/uploads/2021/05/ponta-delgada-e-uma-cidade-fantasma-osvaldo-cabralPages-from-2021-05-02.pdf
A pandemia trouxe consequências graves para toda a gente.
A saúde mental é a pior de todas, pois quando não há discernimento suficiente e a exaustão toma conta dos nossos comportamentos, então temos um problema grave que a vacina não cura.
Ninguém está livre de comportamentos menos próprios, por mais forte que possa aparentar, mas aos líderes que nos governam e nos orientam pede-se um esforço redobrado e bom senso, como exemplos de boa administração pública.
A Autoridade de Saúde dos Açores, personificada no Dr. Gustavo Tato Borges, deve ser um desses exemplos.
O cansaço e a pressão das funções que desempenha não pode ser desculpa para as desastrosas actuações públicas das últimas duas semanas, que puseram em causa toda a credibilidade de um bom trabalho que vinha desenvolvendo desde que tomou posse.
Da mesma forma que não é sério um autarca dar lições de epidemiologia a um especialista de Saúde Pública, é condenável uma autoridade nesta matéria, com a responsabilidade acrescida de exercer funções públicas, dar lições de jornalismo ou de como se fazem títulos e reportagens aos profissionais desta área.
Mais grave ainda foi colocar aquele carimbo vermelho na reportagem do “Açoriano Oriental”, lembrando tempos que o Dr. Tato Borges não viveu, mas que era conveniente que revisse a História da censura em Portugal, para nos envergonharmos todos de um tempo que não desejamos nas nossas vidas.
Hoje foi o “Açoriano Oriental”, amanhã poderá ser o “Diário dos Açores” ou outro jornal da nossa região.
Condicionar o trabalho livre da imprensa é o pior caminho que se pode escolher em funções públicas.
Pode-se discordar de uma opinião, pode-se invocar o contraditório, agora carimbar com o sinal de proibição peças jornalísticas que relatam factos, por mais duros que sejam e que as autoridades gostariam de as esconder, é de uma insensatez e de uma infelicidade indesculpáveis.
O escrutínio das autoridades públicas é uma das missões mais nobres do jornalismo numa democracia livre.
Quem não sabe lidar com isso, não tem condições para exercer cargos públicos.
OS PROFESSORES TÊM RAZÃO
Os professores têm razão para protestar contra a desigualdade de critérios na vacinação.
Enquanto que no resto do país os professores são vacinados, porque também estão na linha da frente dos aglomerados de jovens, nos Açores mandam-se os professores para as aulas presenciais sem a protecção da vacina.
É verdade que foram estabelecidas medidas mais restritivas para o funcionamento das escolas, mas muitas delas – e não são poucas – não têm condições para desdobramentos de turmas, nem tão pouco possuem espaço nas salas para o distanciamento que se pretende.
Se acrescentarmos a este processo a triste história dos ATL’s que num dia é para abrir e no outro é para fechar, chega-se facilmente à conclusão de que muitas das decisões parecem ser tomadas em cima do joelho.
PARABÉS SRS. SECRETÁRIOS
Parabéns ao Secretário Regional Duarte Freitas que teve a coragem de convidar um Secretário Regional do governo socialista para dirigir a Escola da Hotelaria da região.
E parabéns a Rui Bettencourt que aceitou o desafio, numa atitude exemplar de profissionalismo e de amor à sua terra.
Isto sim, é urbanidade política.
Um exemplo que merece figurar nos manuais políticos.
Osvaldo Cabral
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