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Desde o início da pandemia já foram confirmados 97 casos positivos de covid-19 em voos chegados ao aeroporto de Lisboa. Ouvida pelo Diário de Notícias, Maria João Martins, responsável pela equipa de sanidade internacional do Aeroporto Humberto Delgado, diz que um dos casos tornou-se suspeito a bordo do avião – e veio a ser confirmado.
O primeiro passo é identificar o lugar onde o passageiro seguia, quem era a tripulação e os viajantes à volta, podendo obrigar a seguir o rasto de mais de 15 pessoas. “Na pior das hipóteses podemos ter 15 a 17 contactos relacionados com um doente dentro de um avião”, diz a médica.
Dos passageiros que voaram para Lisboa infetados com covid-19, 40% deles foram nas últimas duas semanas.
“Nós não conseguimos impedir a importação de casos. Só se parássemos os voos, mas depois também não importávamos comida ou turistas. A única coisa que podemos fazer é garantir que o nosso sistema de vigilância consegue gerir estes casos por forma a minimizar o risco de cada um deles criar uma cadeia de transmissão”, explica Maria João Martins ao DN.
—– Se a decisão fosse minha, os aeroportos fechavam durante três ou quatro meses, até os números de infecções importadas serem drasticamento reduzidos.
