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“Aí está a nova administração da SATA. E que administração!
No meio de 1.300 funcionários da empresa, ninguém habilitado para funções no corpo administrativo. É obra!
Em duas comunicações públicas, para anunciar os novos administradores, o Governo Regional escondeu, sorrateiramente, dois pormenores que fazem toda a diferença.
Na primeira, omitiu que o Presidente Luís Rodrigues só assumiria o cargo a tempo inteiro depois de terminar o período académico, lá para o final do Verão.
Esta semana, ao anunciar os outros dois administradores, volta a omitir as últimas funções desempenhadas pelo administrador Mário Chaves, enquanto Presidente da Transportadora Aérea de Cabo Verde, onde fez um trabalho de “limpeza” que deixou muitos caboverdianos de cara à banda.
Está visto quem é que vai assumir a presidência da SATA, pelo menos até ao Verão.
Mas há mais: o novo administrador é consultor e estratega da Icelandair, a mesma que se candidatou sozinha à compra dos 49% da Azores Airlines, concurso que só não avançou porque a Icelandair pretendia comprar os 49% por tuta e meia e o governo despachou o imbróglio com aquela trapalhada à volta de uma criativa fuga de informação por parte do parlamento regional.
Temos, então, sem necessidade de concurso, a Icelandair a tomar de “assalto” a gestão da SATA.
Oxalá que tudo corra bem e é muito provável que, daqui a uns tempos, estejamos todos a viajar em aviões da Icelandair e até da Binter. É só ver o que aconteceu em Cabo Verde…”
Excerto de texto de
Osvaldo Cabral
Janeiro 2020
