SÁBADO: os milhões da incineração em S Miguel

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Destaque do dia!

De lembrar que a incineração tem sido, desde sempre, a solução pretendida pela AMISM / MUSAMI para o tratamento de resíduos urbanos na ilha de São Miguel. Na última década foram apresentados três projetos com capacidades distintas, o primeiro projeto previa queimar 130.000 toneladas / ano, tendo o concurso público correspondente sido anulado em 2014 por erros na sua formulação (culpa da MUSAMI). O segundo projeto com data de 2016, previa queimar 70.000 a 100.000 toneladas / ano, tendo o concurso público correspondente sido anulado pelo Tribunal Administrativo de Ponta Delgada por ilegalidades, violações e interferência do Júri do concurso (culpa da MUSAMI). O actual projeto visa a construção de uma incineradora com capacidade para queimar 56.000 toneladas / ano apesar de, na ilha Terceira, haver capacidade para recepcionar todo o refugo do pré-tratamento de resíduos da ilha de São Miguel e das restantes ilhas dos Açores. (teimosia da MUSAMI)

Todo o processo conduzido pela AMISM / MUSAMI está envolto em falsos pressupostos, ideias enganadoras, falta de evidencia e argumentação sustentada, inexistência de estudos isentos e sérios e falta de decoro na gestão do dinheiro público… O estudo de impacto ambiental que sustenta o projeto data de 2011.

O projeto da AMISM / MUSAMI viola os princípios da hierarquia da gestão de resíduos, irá inviabilizar o cumprimento das metas de reciclagem comunitárias na ilha Terceira, em São Miguel e nos Açores- O projeto vai contra os princípios fundamentais da gestão sustentável de resíduos, estabelecida em toda a legislação comunitária, nacional e regional. O projeto da AMISM / MUSAMI é uma afronta à política de sustentabilidade defendida pela Região Autónoma dos Açores e irá inviabilizar a transição para o modelo de Economia Circular defendido a nível global e amplamente financiado pela União Europeia desde 2015.

(imagem da Revista Sábado)

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Comments
  • Rui Anjos 58M para uma coisa destas nos dias de hoje é um devaneio com uma responsabilidade acrescida. Já nem interessa que se discute a sua utilidade.

     

    Rui CorreiaRui Correia replied

    3 replies 33m

  • Nuno Branco Quando vejo os 58 milhões, tudo o resto é tão, mas tão insignificante…
  • João Alberto Medeiros Para além de ter sido um processo conduzido à revelia da opinião pública, quando todos preocupados com a covid-19
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    • Nuno Barata Almeida Sousa João Alberto Medeiros e vamos ficar pior num futuro muito próximo, pois o sector económico que mais vai sofrer com a crise económica que se avizinha causada pelas medidas de contenção da crise sanitária, vai ser o pequeno comercio, restauração e bebidas, e alojamento, que eram os sectores mais autónomos da nossa parca economia “doméstica”.