s miguel discriminação inacreditável

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Notas da Ilha II
Lá na ilha, no meio do oceano-mar, fui impedida de me sentar numa esplanada.
Em pleno século XXI, numa cidade que se está a modernizar, e a abrir ao turismo. Num bar/restaurante, numa das ruas principais do comércio, que vem em todos os guias turísticos, e que é considerado uma referência, e prova, da inovação e transformação locais.
Da belíssima adaptação de um espaço antigo e abandonado, tornado lugar de referência.
Foi-me dito que podia sentar-me ao balcão, lá dentro.
Mas que não podia jantar numa das mesas de fora.
Porque estava sozinha.
Nunca, em lado nenhum, me tinham impedido de sentar onde quer que seja, por estar sozinha.
Fiquei tão atónita que virei costas e saí dali o mais depressa que pude.
Devia ter pedido o livro de reclamações, claro.
Devia ter protestado, obviamente.
Mas a indignação que senti, só me fez afastar-me.
Não sei que argumento pode existir para impedir alguém de se sentar, sozinho, numa esplanada a jantar.
Não consigo imaginar, sequer.
Não sei se teria acontecido o mesmo a um homem.
Quero pensar que sim.
Que não foi uma questão de género.
Mas então foi o quê?
Existe um nome para a discriminação de alguém que não está acompanhado?
Será que receavam que eu não gastasse o suficiente para estar a ocupar uma mesa?
O que raio passa pela cabeça de alguém para criar uma regra destas?
É legal, sequer?
Há, como imaginam, muitas coisas que não correm bem na minha adorada ilha.
Mas por esta, não esperava.
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Jose Lopes de Araújo

Isso é inaceitável !Devia dizer-nos o nome para que fosse público esse disparate.
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Sobre CHRYS CHRYSTELLO

Chrys Chrystello jornalista, tradutor e presidente da direção da AICL
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