RIP DEP ÁLVARO DE LEMOS

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Morreu o soldado, bombeiro, marido, pai, açoriano, independentista e amigo, Cmdt. Álvaro de Lemos.
Serviu Portugal e os Açores com o corpo e com a alma, esteve na frente de batalhas e enfrentou chamas. Dedicou uma vida à sua família, aos seus ideais e ao serviço do próximo.
Um homem de uma coragem imbatível, de uma honestidade feroz, de uma fidelidade absoluta, de uma entrega total.
Um homem que defendeu os Açores e os açorianos sobre todos os seus interesses pessoais. Um açoriano. Um açoriano independentista.
Álvaro de Lemos teria sido o homem, o açoriano, que foi em qualquer época e perante qualquer realidade. Quis a história que a sua vida se encruzilhasse com um dos momentos da mais forte expressão do espírito açoriano, momento provocado pela imposição, por forças estranhas aos Açores, de uma solução vestida de 25 de abril, mas nua de democracia. Álvaro de Lemos percebeu o momento e apresentou-se na linha da frente. Já tinha defendido Portugal, por obrigação, e agora defendia os Açores por escolha. Foram tempos de revolução, difíceis e que deixaram cicatrizes, mas a razão estava lá.
Nunca mais recuou da linha da frente na defesa dos interesses dos Açores e da defesa da sua independência. Foi, para sempre, um homem da FLA e um fiel seguidor do seu líder, e meu pai, José de Almeida. Nem sempre concordando, com certeza, foi de uma fidelidade absoluta e de uma entrega total.
Morreu o homem, mas o espírito pertencerá eternamente ao panteão do que é eterno nos Açores e no que é ser açoriano.

António José de Almeida
Amigo e companheiro na FLA

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