RAUL BRANDÃO E O CAPOTE

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“A gente segue pelas ruas desertas e, de quando em quando, irrompe duma porta um fantasma negro e disforme, de grande capuz na cabeça (…)
O capote herda-se, deixa-se em testamento e passa de mães para filhas o capote numa casa serve às vezes para toda a família. Mulher que precisa ir à rua de repente, pega nele e sai como está. – este já foi da minha avó – diz-me uma rapariga. – Era dum pano inglês escuro, dum pano magnífico que dura vidas.”
Raul Brandão, in “Ilhas Desconhecidas”
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