Desses, cerca de 3.609 tiveram causa de morte “por”, “de”, “com” Covid. Ou seja, 4,68% dos 77.109. Quantas comorbilidades tinham em média? Até que ponto o Covid foi o gatilho da fatalidade? Não sabemos.

Mas, qual é ponto? São dois:

1. Morreram em 2020, 73.500 de outras causas. Ignoradas pela comunicação social e governo. Tudo dentro da média;

2. O total de mortos Covid até hoje em 2020 é 4.127. Os 3.609, acima dos 75 anos, teriam que esperança de vida? O Alexandre Mota estava tentar fazer essa análise. Esperemos por ele.

Isto acontece com uma mortalidade geral sem flutuação extraordinária. Em Portugal, com ou sem pandemia, morre-se segundo um padrão estável. No gráfico abaixo podem ver a evolução de 2020.

Se esta mortalidade justifica as medidas impostas? Digam se concluem diferente, mas eu não consigo ver qualquer necessidade objectica de risco de aumento de suicídios e faltas de assistência hospitalar que redundarão em novas mortes que, pelo menos, poderiam ser proteladas.

Mais, o modo como a gripe despareceu dos mapas, curada pelas medidas Covid, tem um potencial efeito que se repercutirá em 2021. Para o ano, que vem e como justificação da continuação das medidas não precisaremos sequer de um vírus novo. Basta o vírus da comum gripe, ou semelhante, para manter a sociedade fechada rumo à falência económica. Em qualquer ano passado houve facilmente 4.500 mortes por gripe.

Não vejo como se pode sair desta situação sem uma inversão política séria.

Assim sendo, o mais relevante está mesmo na esfera política. Em termos de dados de saúde já se pode concluir claramente no sentido de que tivemos um ano perfeitamente banal. Exceptuando o excesso de mortalidade outras-causas, também este devido à politica, o ano foi normal.

Pandemia?

Fonte Gráfico: Sico – Min-Saúde.