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  • A inutilidade do voto útil

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    A inutilidade do voto útil
    Há sempre quem pense que o voto num pequeno partido num distrito que não o Lisboa ou Porto é um voto desperdiçado, pois esse pequeno partido não terá hipóteses de eleger ninguém.
    Acho este tipo de raciocínio fundamentalmente errado. Na verdade, com quase toda a certeza, ou com uma probabilidade de 99,999999999%, o meu voto em concreto (e eu só decido o meu voto) é desperdiçado.
    Desperdiçado no sentido de que os deputados eleitos pelo meu círculo eleitoral serão exatamente os mesmos qualquer que seja o meu voto em particular. Façam as contas. A probabilidade de haver empate para o último deputado eleito (ou uma diferença de apenas um voto) é absolutamente ínfima. Portanto, não vale a pena condicionar o meu voto a ser útil. Lamento, vai mesmo ser “inútil”.
    Assim que nos apercebemos da “inutilidade” do nosso voto individual, há duas reações racionais:
    1) deixar de votar;
    2) votar, porque gostamos de participar na festa da democracia e achamos todo este ritual uma coisa fantástica
    Se vamos votar porque gostamos desta festa, e não há festa como esta, então devemos fazê-lo com gosto. E só gostamos verdadeiramente se votarmos em quem realmente quisermos.
    Moral da história: deixar de votar em quem queremos para não desperdiçar o voto serve, simplesmente, para o desperdiçar na mesma, mas votando em quem não queremos.
  • A herança portuguesa em Malaca – TV Europa

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    O Museu da Herança do Povoado Português em Malaca, na longínqua Malásia, é, nesta cidade património mundial da UNESCO, lugar de testemunhos que, como descreve Daniel Bastos, preserva laços da história de Portugal e Malásia.

    Source: A herança portuguesa em Malaca – TV Europa

  • Abramovich: PGR abre inquérito à atribuição da nacionalidade portuguesa – Expresso

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    Em paralelo, o Instituto dos Registos e Notariado (IRN) anunciou igualmente na última semana a abertura de um inquérito sobre esta matéria, com a presidente deste organismo, Filomena Rosa, a estimar que “deverá estar concluído em fevereiro”, altura em que, face à matéria apurada, o inquérito poderá dar azo ou não a processo disciplinar.

    Source: Abramovich: PGR abre inquérito à atribuição da nacionalidade portuguesa – Expresso

  • 82 deputados açorianos em lisboa

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    A recordar os sucessivos deputados açorianos à Assembleia da República em artigo publicado hoje no jornal Correio dos Açores:
    82 deputados em 16 eleições
    OS AÇORES NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
    por José Andrade*
    A eleição da Assembleia da República no próximo dia 30 de janeiro, incluindo cinco deputados em representação direta da Região Autónoma dos Açores, constitui um bom pretexto para recordar aqui oito dezenas de candidatos açorianos que foram escolhidos para o parlamento nacional em todas as eleições legislativas sucessivamente realizadas desde 1975.
    No exercício nacional de funções parlamentares, os Açores estão representados – primeiro em três círculos distritais (Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta), depois em círculo único regional – nas 16 eleições realizadas para a Assembleia Constituinte (1975) e para as 14 legislaturas da Assembleia da República (1976-2019).
    Em 44 anos, são eleitos 82 deputados açorianos, sendo 49 pelo PSD (59,7%), 32 pelo PS (39,0%) e um pelo PRD (Roberto Amaral, em 1985).
    O nosso representante mais persistente é João Bosco Mota Amaral (PSD), eleito por 14 vezes consecutivas (1975-2011), embora suspendendo o mandato parlamentar para o exercício das funções de presidente do governo regional dos Açores (1976-1995). Chega mesmo a ser presidente da Assembleia da República (2002-2005), sucedendo-lhe o seu conterrâneo socialista Jaime Gama (2005-2011) já então eleito por Lisboa.
    1975
    Um ano depois da revolução nacional de 25 de abril de 1974, a eleição da Assembleia Constituinte ocorreu ainda no contexto administrativo dos distritos autónomos de Ponta Delgada (São Miguel e Santa Maria), Angra do Heroísmo (Terceira, Graciosa e São Jorge) e Horta (Faial, Pico, Flores e Corvo). Nessa primeira eleição legislativa da democracia portuguesa, realizada a 25 de abril de 1975, registou-se a maior afluência às urnas da democracia açoriana, com 90,33% de votantes num universo regional de cerca de 160 mil eleitores inscritos.
    O PPD – Partido Popular Democrático (como então se designava o PSD) obteve 59,36%, enquanto o Partido Socialista 26,84%, no conjunto dos três distritos, que começavam por eleger seis deputados (cinco pelo PPD e um pelo PS), assim distribuídos: Ponta Delgada – João Bosco Mota Amaral (PPD), Jaime Gama (PS) e Américo Natalino de Viveiros (PPD); Angra do Heroísmo – José Manuel Bettencourt (PPD) e Ruben Raposo (PPD); Horta – Germano Domingos (PPD).
    1976
    Na primeira eleição da Assembleia da República, a 25 de abril de 1976, já o arquipélago dos Açores constituía um circulo único regional, ainda correspondente a seis mandatos. O PPD/PSD, com 49,50%, elegeu quatro deputados, e o PS, com 33,59%, elegeu dois: João Bosco Mota Amaral (PSD), Jaime Gama (PS), Ruben Raposo (PSD), José Borges Nunes (PS), Manuel Vila-Lobos Meneses (PSD) e Américo Natalino de Viveiros (PSD).
    Durante a primeira parte da primeira legislatura, em 1976-1979, exerceram igualmente funções no parlamento nacional, em regime de substituição, cinco outros deputados açorianos: Anatólio Vasconcelos (PSD), Francisco Oliveira (PS), João Luís de Medeiros (PS), João Vasco Paiva (PSD) e Justino Madeira (PSD).
    1979
    A eleição intercalar da primeira legislatura da Assembleia da República, ocorrida a 2 de dezembro de 1979, estreou a atual configuração de cinco mandatos pelo círculo eleitoral da Região Autónoma dos Açores, constitucionalmente criada em 1976. O PSD elegeu três, com 51,87% dos votos, e o PS dois, com 29,76%.
    Foram eleitos João Bosco Mota Amaral (PSD), Jaime Gama (PS), Germano Domingos (PSD), Francisco Oliveira (PS) e António Maria Mendes (PSD). Mota Amaral foi substituído por João Vasco Paiva.
    1980
    A 5 de outubro de 1980, os Açores elegeram quatro deputados do PSD (56,99%) e um deputado do PS (27,16%) para a II Legislatura da Assembleia da República: João Bosco Mota Amaral (PSD), Jaime Gama (PS), António Maria Mendes (PSD), João Vasco Paiva (PSD) e José Vargas Bulcão (PSD).
    Exerceram ainda funções parlamentares, em regime de substituição, António Menezes, Manuel Arruda, Ruben Raposo e Victor Borges da Ponte, todos pelo PSD.
    1983
    A III Legislatura da Assembleia da República foi determinada pelas eleições de 25 de abril de 1983, nas quais o PSD (54,46%) e o PS (31,10%) mantiveram a mesma distribuição de mandatos pelo círculo eleitoral dos Açores: João Bosco Mota Amaral (PSD), Avelino Rodrigues (PS), Raul Gomes dos Santos (PSD), Ricardo Barros (PS) e António Maria Mendes (PSD).
    O PSD avançou ainda com quatro deputados em regime de substituição: José Vargas Bulcão, Octaviano Mota, Paulo Silveira e Pedro Paulo Carvalho Silva.
    1985
    A quarta legislatura da Assembleia da República, decorrente das eleições de 6 de outubro de 1985, foi a única em que os açorianos estiveram representados para além do PSD e do PS. O PSD elegeu três deputados (48,15%), o PS um (20,02%) e o Partido Renovador Democrático conseguiu um mandato, com 15,16% dos votos, assim distribuídos: João Bosco Mota Amaral (PSD), António Simas Santos (PS), Roberto Amaral (PRD), José Melo Alves (PSD) e José Vargas Bulcão (PSD).
    Mário Belo Maciel (PSD), Ricardo Barros (PS) e Vasco Garcia (PSD) exerceram funções em regime de substituição.
    1987
    Nas eleições de 19 de julho de 1987, o PSD (66,61%) e o PS (19,97%) elegeram, respetivamente, quatro e um deputados, pelo círculo dos Açores, para a V Legislatura da Assembleia da República. Os eleitos foram João Bosco Mota Amaral (PSD), Carlos César (PS), José Melo Alves (PSD), José Vargas Bulcão (PSD) e Mário Belo Maciel (PSD).
    Ao longo da legislatura, os seus substitutos foram Álvaro Dâmaso (PSD), António Maria Mendes (PSD), Germano Domingos (PSD), Liberal Correia (PSD), Maria Ana Medeiros (PS), Paulo Silveira (PSD), Ricardo Barros (PS) e Rui Pedro Ávila (PS).
    1991
    A 6 de outubro de 1991, a eleição dos deputados à Assembleia da República, nos Açores, manteve a distribuição de mandatos entre o PSD (64,12%) e o PS (25,80%): João Bosco Mota Amaral (PSD), José António Martins Goulart (PS), José Guilherme Reis Leite (PSD), Mário Belo Maciel (PSD) e Manuel Azevedo (PSD).
    A VI Legislatura registou substituições por Ema Leite (PSD), Paulo Casaca (PS), Pedro Gomes (PSD) e Rui Pedro Ávila (PS).
    1995
    Três deputados para o PSD (47,80%) e dois para o PS (37,50%) foi o resultado das eleições açorianas para a VII Legislatura da Assembleia da República, no dia 1 de outubro de 1995.
    Foram eleitos João Bosco Mota Amaral (PSD), José Medeiros Ferreira (PS), José Reis Leite (PSD), Sérgio Ávila (PS) e Rolando Lalanda Gonçalves (PSD). O PS fez uma substituição, com José Maria Teixeira Dias.
    1999
    As eleições legislativas nacionais de 10 de outubro de 1999 foram as primeiras vencidas pelo PS (53,26%), sobre o PSD (35,80%), no círculo eleitoral dos Açores. A VIII Legislatura contou com os deputados açorianos José Medeiros Ferreira (PS), João Bosco Mota Amaral (PSD), Luiz Fagundes Duarte (PS), Joaquim Ponte (PSD) e Isabel Barata (PS), não se verificando qualquer substituição.
    2002
    Na IX Legislatura, com as eleições de 17 de março de 2002, o PSD (45,36%) recuperou a maioria dos mandatos açorianos no parlamento nacional, elegendo três deputados contra os dois do PS (40,96%). Foram eleitos Victor Cruz (PSD), José Medeiros Ferreira (PS), João Bosco Mota Amaral (PSD), Luiz Fagundes Duarte (PS) e Joaquim Ponte (PSD).
    Mota Amaral foi eleito Presidente da Assembleia da República, tornando-se o primeiro açoriano a exercer a segunda posição do estado português, de 10 de abril de 2002 a 16 de março de 2005, e Victor Cruz foi substituído por Judite Jorge.
    2005
    Com as eleições de 20 de fevereiro de 2005, o PS (53,13%) registou a sua segunda maioria de mandatos açorianos na Assembleia da República, ultrapassando o PSD (34,41%). Foram eleitos Ricardo Rodrigues (PS), João Bosco Mota Amaral (PSD), Luiz Fagundes Duarte (PS), Victor Cruz (PSD) e Renato Leal (PS).
    Na X Legislatura, presidida pelo açoriano Jaime Gama (PS) eleito por Lisboa, o PSD efetuou duas substituições, com Joaquim Ponte e Judite Jorge.
    2009
    Na XI Legislatura da Assembleia da República, igualmente presidida por Jaime Gama, o PS (39,72%) e o PSD (35,73%) disputaram as eleições de 27 de setembro de 2009 com a mesma distribuição de mandatos – Ricardo Rodrigues (PS), João Bosco Mota Amaral (PSD), Luiz Fagundes Duarte (PS), Joaquim Ponte (PSD) e Luísa Santos (PS) – não se registando qualquer substituição.
    2011
    Nas eleições açorianas de 5 de junho de 2011, para a XII Legislatura da Assembleia da República, o PSD (47,36%) ultrapassou o PS (25,67%).
    Foram eleitos os deputados João Bosco Mota Amaral (PSD), Ricardo Rodrigues (PS), Joaquim Ponte (PSD), Carlos Enes (PS) e Lídia Bulcão (PSD) e registou-se uma única substituição, com a entrada de Jorge Pereira (PS).
    2015
    A XIII Legislatura da Assembleia da República resultou das eleições de 4 de outubro de 2015 e, pelos Açores, contou com os deputados Carlos César (PS), Berta Cabral (PSD), Lara Martinho (PS), António Ventura (PSD) e João Castro (PS).
    Os resultados eleitorais haviam ditado a vitória do PS (40,38%) sobre o PSD (36,03%), verificando-se depois a entrada da deputada Rosa Dart (PSD) em regime de substituição.
    2019
    Finalmente, as últimas eleições legislativas nacionais, realizadas a 6 de outubro de 2019, determinaram a XIV Legislatura da Assembleia da República, que agora termina.
    O PS obteve 40,06% e o PSD 30,21%, daqui resultando a eleição dos deputados Isabel Almeida Rodrigues (PS), Paulo Moniz (PSD), Lara Martinho (PS), António Ventura (PSD) e João Castro (PS), numa legislatura interrompida em que António Ventura se fez substituir por Ilídia Quadrado.
    José Andrade
    *Diretor do Gabinete de Estudos do PSD/Açores
    **Baseado no seu livro A Vontade dos Açorianos – Os Órgãos de Governo Próprio da Região Autónoma dos Açores (1976-2020)
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  • REVISTA DE ESTUDOS LUSÓFONOS, LÍNGUA E LITERATURA, dos COLÓQUIOS DA LUSOFONIA – #5,

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    intro cadernos

     

    A AICL teve dois anos difíceis mas continua a pugnar pela divulgação dos autores de matriz açoriana. Um dos seus grandes sucessos na área educacional têm sido os CADERNOS DE ESTUDOS AÇORIANOS e os seus suplementos, usados por escolas, politécnicos e universidades e por todos os que pretendem ter acesso à obra dos autores açorianos.

    Assim, para facilitar mais esse acesso compilam-se todos os Cadernos de 2010 a 2021 no último número da

    REVISTA DE ESTUDOS LUSÓFONOS, LÍNGUA E LITERATURA,

    dos COLÓQUIOS DA LUSOFONIA – #5,

    ANO 2020-2021

    disponível em https://www.lusofonias.net/documentos/revistas.html
    Neste nº 5 da Revista incluímos os 4 números anteriores da Revista com nº ISSN que albergam uma vasta seleção de comunicações e apresentações aos colóquios da lusofonia desde 2002 até 2020
    use, abuse e divulgue–
  • as cinzas de la palma

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    La Palma, Canárias. Foto Borja Suárez/Reuters
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  • vaca feliz com música

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  • 1974 angola não estava economicamente atrasada

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    Sob a pressão da guerra colonial e das vizinhas independências as ex colónias portuguesas a partir dos meados dos anos 50 viram um passo lento fascistoide ser acelarado em especial em Angola e Moçambique pelo que nada espanta disto abaixo, sendo no entanto uma verdade insofismável,
    ANGOLA JÁ TINHA FÁBRICAS SIM …… Vocês sabiam que:
    _ Angola em 1974 era o segundo maior produtor mundial de açúcar.
    – Angola em 1974 era o terceiro maior produtor mundial de café;
    – Angola em 1974 era o quarto maior produtor mundial de algodão;
    – Angola em 1974 era o primeiro exportador africano de carne bovina;
    – Angola em 1974 era o segundo exportador africano de sisal;
    – Angola em 1974 era o segundo maior exportador mundial de farinha de peixe;
    – Angola em 1974, por via do Grémio do Milho tinha a melhor rede de silos de África;
    – Angola em 1974 tinha o CFB – Caminho de Ferro de Benguela, do Lobito ao Dilolo-RDC, o CFM – Caminho de Ferro de Moçâmedes, do Namibe até Menongue, o CFA – Caminho de Ferro de Angola, de Luanda até Malange e o CFA – Caminho de Ferro do Amboim, de Porto Amboim até à Gabela;
    – Angola em 1974 tinha no Lobito estaleiros de construção naval da SOREFAME;
    – Angola em 1974 tinha pelo menos três fábricas de salchicharia;
    – Angola em 1974 tinha pelo menos quatro empresas produtoras de cerveja, de proprietários diferentes;
    – Angola em 1974 tinha pelo menos quatro fábricas diferentes de tintas;
    – Angola em 1974 tinha pelo menos duas fábricas independentes de fabricação ou montagem de motorizadas e bicicletas;
    – Angola em 1974 tinha pelo menos seis fábricas independentes de refrigerantes, nomeadamente da Coca-Cola, Pepsi-Cola e Canada-Dry, bebidas alcoólicas à base de ananás ou de laranja. E havia ainda a SBEL, Sociedades de Bebidas Espirituosas do Lobito;
    – Angola em 1974 tinha a fábrica de pneus da Mabor;
    – Angola em 1974 tinha três fábricas de açúcar, a da Tentativa, a da Catumbela e a do Dombe Grande.
    – Angola em 1974 era o maior exportador mundial de banana, graças ao Vale do Cavaco.
    – Angola tinha uma linha de montagem da Hitachi, dos óleos alimentares da Algodoeira Agrícola de Angola, tinha a indústria pesqueira da Baía Farta e de Moçâmedes, e a EPAL, fábrica de conservas de sardinha e de atum.”
    E é verdade que o sovietismo gerou a maior concentração da riqueza no menor número de pessoas das Independências em diante à exceção de Cabo Verde uma verdadeira Democracia, o exemplo da CPLP com Cidadania!
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  • Açorianos de Whistler

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    Açorianos de Whistler

    Açorianos de Whistler
    Whistler, sim Whistler, na Colúmbia Britânica, no Canadá é a mais açoriana das estâncias de Inverno. Para alguns será até a melhor estância de neve da América do Norte(desculpas para Aspen, no Colorado).
    É raro o fim-de-semana onde, nas ruas de Whistler, não se vê uma família de açorianos, aos “gritos”, por causa de algum “acidente” de esqui.
    Ou “reclamando” dos preços. Ou ainda por causa das senhoras das lojas e dos restaurantes, muito bonitas, estranhamente, ou não, quase todas emigrantes da Austrália.
    “Estás a olhar para onde”?
    “Tens bife de lombo em casa e andas a olhar para hambúrgueres da Austrália”? São alguns dos comentários literários da “açorianidade” de Whistler.
    A beleza do ciúme açoriano será um poço sem fundo. Ou uma montanha.
    E quando ouvimos, uma família de açorianos, aos gritos, felizes, na rua, sabemos que existirão dezenas nos restaurantes de Whistler ou nos hotéis da área.
    Será uma questão estatística. Da famosa matemática açoriana.
    Desde os anos oitenta, pelo menos, que famílias de emigrantes açorianas escolhem Whistler como destino de Inverno. Ainda bem.
    Só que por razões quase óbvias os açorianos não “foram feitos” para o esqui. Não sei se será “da genética”(é mais mar)ou das circunstâncias(a rara neve, nos Açores, é para “selfies” com o Pico).
    Resultado? Os açorianos que procuram as montanhas da Colúmbia Britânica serão, talvez, os piores esquiadores do mundo.
    E têm, sem vergonha, orgulho na “falta de jeito”.
    A maioria, presumo, não viverá em Whistler mas no Sul, em Vancouver e Seattle(alguns virão até da Califórnia).
    E depois “existe” a questão da comida.
    É verdade. Muitos açorianos vão para Whistler para, desculpem a “clareza”, enfardar.
    Eu, como antigo gordo, fico aflito.
    É o bife “tomahawk”, corte de carne de vaca brutal ou as carnes de caça como veado ou bisonte. Com “quilos”de ostras da ilha de Vancouver…
    Só que na minha família(esposa e filhas)as vegetarianas estão em maioria. Pelo que as discussões, ao jantar, num restaurante onde servem o lombo grelhado da prima da Bambi, nunca acabam bem.
    Eu não como carnes vermelhas mas sou a favor da liberdade…Ou seja: acabamos todos a comer “sushi biológico”, vegano, com pepino e cenoura.
    E sem razão estou com saudades de uns chicharros fritos com molho de vilão. Em Whistler.
    Foto: Whistler.
    May be an image of 1 person and skiing
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