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  • Já saiu o livro “Nevoeiro e outros contos” de Norberto Ávila

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    Já saiu o livro “Nevoeiro e outros contos” de Norberto Ávila

    From:

    <pauloenesdasilveira@gmail.com>

    Date:

    18/06/2025, 21:56

    To:

    <chrys@lusofonias.net>

     

    Caríssimo Chrys!

     

    Espero que se encontre bem, no meio das suas lides culturais.

     

    Já saiu da tipografia o livro “Nevoeiro e outros contos”, de Norberto Ávila.

     

    Está visível na Companhia das Ilhas, na Bertrand e na Almeida:

    Nevoeiro e outros contos
    companhiadasilhas.pt

     

    O livro ainda deu uma certa luta, uma vez que detetámos muitas correções a fazer, com a ajuda da Teresa (minha mulher), sobretudo, na parte anexa aos contos (60 páginas), que resolvi incluir com uma biografia extensa (pelo próprio autor), uma bibliografia e uma parte cronológica “O Autor a Par e Passo” escrita pelo Norberto até 2014, acrescida de uma organização que lhe dei, a partir de 2015, onde ele passou a escrever no Facebook. Detectei, no livro, uma vintena de referências aos Colóquios da Lusofonia / AICL, quatro referências à Helena C. e duas ao Chryse, com palavras de vero apreço do Norberto para convosco.

     

    Tivemos a colaboração de Daniel Gouveia (também editor, em Lisboa) na primeira paginação e depois do editor Carlos Machado, que acolheu o livro com entusiasmo.

     

    Agradeço a sua colaboração, nas informações que me passou da presença do Norberto nos Colóquios da Lusofonia.

     

    Junto umas fotografias para ver como ficou a edição. Gostei do “produto final”. A quem já mostrei, causou impacto positivo.

     

     

    Gostaria de lhe enviar um exemplar. Está correcto o seguinte endereço?

     

    Rua da Igreja, 6

    9625-115 Lomba da Maia

    São Miguel, Açores

     

     

    Receba um abraço deste amigo

    Paulo

     

     

     

    Paulo Enes da Silveira

    pauloenesdasilveira@gmail.com

    1. / WhatsApp

    +351 969 054 192

    http://www.linkedin.com/in/pauloenessilveira

     

     

     

  • ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS “O primeiro mecanismo de minimização dos actos de agressividade é a falsa equivalência, nos dias de hoje, entre a extrema-direita e a extrema-esquerda. José Pacheco Pereira,

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    ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS
    “O primeiro mecanismo de minimização dos actos de agressividade é a falsa equivalência, nos dias de hoje, entre a extrema-direita e a extrema-esquerda.
    José Pacheco Pereira, Público, 14/06/2025
    Já há algum tempo escrevi sobre esta matéria do incremento da agressividade, mas como dei exemplos do trânsito nas cidades, as pessoas não fizeram qualquer correlação com a política. Mas existe, e não está apenas nos cada vez mais comuns incidentes de violência da extrema-direita, o sinal dessa crescente agressividade, está no ambiente que os torna “normais” e na ideia dos que os provocam de que se ganha alguma coisa, em publicidade, recrutamento, efeito útil no que se faz. E depois, na máquina política e comunicacional que os diminui ao não falar neles sem os “equilibrar” com o “outro lado”, quando não há “outro lado”.
    É interessante ver como a maioria dos comentadores do farol da direita radical, a Rádio Observador, ao ter que se pronunciar sobre a agressão física ao actor ou às ameaças diversas desde ao Imã da Mesquita de Lisboa, às senhoras que distribuíam alimentos aos sem-abrigo, desenvolvam todo um discurso a dizer, como Ventura aliás, que só se fala deste tipo de agressões e se escondem as outras. Não sei bem quais são as “outras”, mas o que é certo é que este discurso funciona como uma minimização do que se está a passar.
    A razão por que estes actos de agressividade, centrados não num protesto verbal, mas na ameaça física – o que faz toda a diferença –,​ estão a ser minimizados é política, em primeiro lugar, mas também é a incompreensão do pano de fundo que lhes está por trás, que encontra um canal imediato nas organizações assentes no culto da violência, mas que vai muito para além. Vai para o quotidiano principalmente urbano, onde o “viver” é cada vez mais agressivo. Na escola, em casa, no clubismo futebolístico, na rua, no pouco que muitos lêem, ou seja, nas redes sociais.
    O primeiro mecanismo de minimização é a falsa equivalência, nos dias de hoje, entre a extrema-direita e a extrema-esquerda. Duvido que qualquer relatório do tipo do RASI seja capaz de apontar qualquer mínimo paralelismo. Os dois partidos mais relevantes que podiam no passado ser aí incluídos, só por manipulação podem hoje estar no lado do paralelo da extrema-esquerda. Quer o PCP, quer o Bloco de há muito que abandonaram na prática a ideia de uma revolução violenta, não estão organizados para isso e mesmo na retórica política deixaram cair a visão leninista da revolução. Admito que para esta direita à procura de equivalências se olhe com medo para os novos movimentos contra o racismo, como o SOS Racismo, ou sobre a habitação, como o Vida Justa. Mas é um “medo” instrumental, à Trump, porque as manifestações desses movimentos, com excepção de alguns vidros partidos, são pacíficas. A chave que permite a comparação é a violência física, e não é a criminalidade entre a imigração, na sua maioria de gente que fala português, tementes a Deus, cujas igrejas evangélicas frequentam, ou nos portuguesinhos valentes que, à falta de touros para mostrarem os seus dotes de forcado, batem nas mulheres, e que nada tem a ver com a extrema-esquerda, que votam no Bolsonaro e no Chega, que serve de comparação.
    Onde é que se encontra o falso paralelo que alimenta o discurso dos dois lados? O que mais se aproxima é a Climáximo, que pratica actos de vandalismo e acções que são ilegais. O mais longe que vão é atirar tinta e que se saiba nunca participaram em qualquer coisa de parecido com matar pessoas porque têm outra cor, ou agredi-las, como aconteceu com o actor da Barraca. Numa escaramuça como as que aconteceram recentemente na Baixa de Lisboa há dois lados, mas não se compara o músculo de uns com os outros, nem vendo o que se passa há qualquer paralelo na provocação, na iniciativa, na violência. Se é por aqui que se vai, é o mesmo que comparar uma planta carnívora com um nenúfar.
    O rasto da violência crescente está na sociedade que estamos a criar com uma mistura de manipulação cultural, económica e social, e por fim política. É uma sociedade que, desde a adolescência à cada vez mais tardia idade adulta, vive numa ecologia de antagonismos, de pseudo-identidades alimentadas nas redes sociais pela ignorância e pela radicalização. Uma sociedade destas é fortemente movida pela culpabilização do “outro”, que nos confronta com a dificuldade de ter um território próprio, de ser reconhecido pelas nossas virtudes imaginárias, que queremos ter como um dote gratuito dos céus porque pomos uns vídeos de telemóvel engraçados na net, sem esforço, sem estudo, sem mérito.
    É uma sociedade que, desde a adolescência à cada vez mais tardia idade adulta, vive numa ecologia de antagonismos, de pseudo-identidades alimentadas nas redes sociais pela ignorância e pela radicalização
    O melhor paralelo para a sociedade que estamos a construir – para ganho de alguns, poder de outros, e vitimização dos mais fracos – é o clubismo das claques, cuja linguagem, simbologia e acção difere pouco do “nós” e “eles” do populismo, do “nós é que somos bons, nós os portugueses de gema” e não esses monhés, ou pretos, ou paneleiros, ou comunas, que pervertem a raça e que precisam de quem os ponham na ordem. Diz o tipo no café: “É o que eu faço todos os dias nas redes sociais, mas como sou fraquinho de corpo e não quero estragar a roupa, conheço lá uns tipos no ginásio que fazem parte de um grupo que veste de preto e anda de mota que, com algum incentivo e pagando-se-lhes uma cerveja, vão lá ensinar o que é Portugal àqueles que se dobram no chão a rezar – a quem, Manuel, diz-me tu, que não sei bem o nome do tipo? – a Alá, sim, a Alá.”
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  • precisam-se de aulas de viuvez, chrys

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    598. aulas de viuvez 15.6.2025 (esta crónica e anteriores em https://www.lusofonias.net/mais/as-ana-chronicas-acorianas.html)

     

    Há mais de ano e meio que busco na Internet, por necessitar, de aulas de viuvez, ou teorias para aprender a enfrentar a viuvez e continuar a viver. Há que recriar atividades e inventar rotinas a adotar nesta vida solitária, agora que as velhas rotinas deixaram de ter razão de ser.

    A maioria dos meus amigos e colegas não sabe nem entende realmente o que é perder um cônjuge e creem que com o tempo tudo passa. Mentira, nada passa, dissolve-se a perda mas ela mantém-se diariamente presente em mil e uma facetas.

    Sinto que tendo a negligenciar minha própria saúde, física e emocionalmente esgotado sem uma dieta saudável, nem uma rotina diária de exercício.

    Li estudos que também sugerem que o homem pode enfrentar um aumento no risco de mortalidade após a perda da esposa, conhecido como “efeito viuvez”. A perda do cônjuge é um período delicado e vulnerável para qualquer pessoa.

    Pesquisas indicam que o período de viuvez pode impactar na saúde durante muitos anos. Estudos demonstraram que o viúvo pode sofrer de distúrbios do sono, episódios depressivos, ansiedade, função imunológica prejudicada e saúde física geral comprometida. Tudo isso posso comprovar , mas o apoio social de familiares e amigos provocou um efeito de acolhimento importante para a saúde mental da pessoa que sofre a perda, capaz de reduzir esses efeitos.

    A autossuficiência está associada à resiliência e a sentimentos de capacitação e essa tem estado nos limites mínimos.

    Processei o luto por meio do registo no diário. Comecei um diário de luto ainda antes da morte da minha mulher o que me ajudou a processar os sentimentos. Um diálogo a dois que resultou num livro…”Diário de um homem só”.

    Mas o vazio e sentimento de inutilidade persistem. Ninguém me ensinou a viver só. As emoções, do vivido ontem e da saudade de hoje, estão bem presentes sempre que se fala de dor, sofrimento, mas também do passado de felicidade e amor. E as imagens perpassam diariamente em frente a mim, recordo 30 anos em detalhe, foto a foto.

    Tento ocupar o tempo imenso e sobra sempre tanto. Dizem as estatísticas que a maioria dos viúvos assumiu a administração total da casa, como já era grande parte tarefa minha não se notou grandemente a diferença.

    Continuo a sofrer de solidão, de dor e angústia e nenhuma das abordagens tentadas deu resultados, ocupo-me a escrever, a tratar dos colóquios, mas o sentimento prevalecente é o da atual inutilidade de todos os atos. Por outro lado, prefiro a solidão ao convívio, tenho a minha rede de contactos diários e semanais com quem partilho o quotidiano via telefone, mas sinto-me sem apetência para viajar ou estar com gente fora do casulo em que se tornou a minha casa. Sinto-me estranhamente protegido aqui, mesmo só, mas as paredes e o chão guardam toda a memória dos últimos vinte anos. É uma chatice ser velho e maior ainda ser viúvo.

  • A matemática da aviação: os mapas enganam-nos

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    Porque é que os aviões não circulam em linha reta, mesmo quando as condições climatéricas o permitem? Às vezes, dar uma curva poupa quilómetros — o globo ilude-nos. Se já fez uma viagem pelo Pacífico de avião, pode ter-se apercebido de que o seu voo não foi feito em linha reta. Geralmente, a maioria dos aviões, quando passam no maior oceano da Terra, fazem uma curva, contornando a grande massa de água. Uma das razões é evidente: se houver uma emergência, ao atravessar o gigante Pacífico poucas ilhas existem que possam fornecer assistência. Se circular mais a norte, porém, há

    Source: A matemática da aviação: os mapas enganam-nos

  • Afinal, Maria Albertina escolheu bem o nome da sua menina

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    Maria Albertina “foi nessa” — e bem. Nome vem de um poema e “tem tudo: amor, fama, traição, um triângulo amoroso, e ao contrário de muitos outros nomes, sabemos exatamente o ano em que foi inventado: 1713”. “Não é um espanto”? Não sei quem te disse isso, António, mas mentiu. “A história do nome ‘Vanessa’ tem tudo: amor, fama, traição, um triângulo amoroso, e ao contrário de muitos outros nomes, sabemos exatamente o ano em que foi inventado: 1713“, lança no seu Instagram o mestre em Línguas, Literaturas e Culturas, Marco Franco Neves. O nome surgiu pela primeira vez num

    Source: Afinal, Maria Albertina escolheu bem o nome da sua menina

  • 29 poemas 29 anos com a nini (lutar contra a dor com palavras)

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    https://blog.lusofonias.net/wp-content/uploads/2025/06/29-poemas-para-a-Nini.pdf