OS SLOTS DA TAP

Diz-se por aí que a TAP vai ceder alguns dos “slots” que detém no aeroporto de Lisboa.

Sabe-se que a Alitalia vai encerrar a 15 de Outubro ao fim de 75 anos de operação. No dia 16 começa a operar a ITA, Italia Transporto Aereo, com menos aviões e menos pessoal. Irá utilizar 85% dos “slots” que a Alitalia detém em Milão e 43% dos que dispõe em Roma. Alguém irá comprar os que sobram.

Mas o que é isso de SLOT, parte tão importante do património de qualquer companhia aérea?

Muito simples. Um SLOT representa o direito que uma companhia de aviação tem de aterrar e descolar de um aeroporto a um determinado dia e uma determinada hora. Simultaneamente tem direito a usar uma posição de estacionamento para o avião, portas de embarque/desembarque e todos os serviços do aeroporto.

Estes slots são pagos às entidades que administram os aeroportos e os preços variam consoante a hora do dia (ou noite) a que são utilizados. Relativamente baratos de madrugada ou durante a noite (quando possível), mais caros de manhã e de tarde. Podem ser negociados entre as companhias de aviação e por vezes atingem valores astronómicos. O record pertence a um slot de Londres Heathrow que a Air France vendeu à Oman Airlines pela módica quantia de 75 milhões de dólares. Nada mau.

Se as companhias não utilizarem pelos menos 80% dos slots que lhes foram atribuídos para um determinado aeroporto, perdem esse direito e os slots são novamente negociados.

Existe um outro tipo de slots, que são aqueles que o Controle de Tráfego Aéreo concede para que um avião possa voar num determinado corredor aéreo. Falaremos desses mais tarde.