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O povoamento da ilha do Corvo não foi fácil, só tendo sido conseguido após várias tentativas, sem sucesso. A primeira terá sido comandada por Antão Vaz Teixeira, no início do século XVI. Também há conhecimento de outra tentativa efectuada por um grupo de povoadores, oriundos da ilha Terceira, liderados pelos irmãos Barcelos.
Só em 1548, quando o Capitão-Donatário das ilhas Flores e Corvo, Gonçalo de Sousa, enviou escravos da sua confiança, como agricultores e criadores de gado, é que se iniciou o povoamento definitivo da ilha.
Depois da chegada destes escravos, agricultores e criadores de gado, provenientes muito provavelmente da ilha Terceira, da Madeira e do Norte de Portugal continental, iniciou-se o desbravamento da vegetação primitiva, a fim de poderem começar a trabalhar os terrenos.
Estes trabalhos devem ter sido feitos com recurso ao fogo, iniciando-se nos terrenos localizados na plataforma meridional por serem as que ofereciam um mais fácil acesso.
Fernando A. Pimentel, in “Corvo, a ilha dos afectos”.