Views: 0
Quero que as esporas saibam carícias.
voa, cavalo, galopa mais,
para aquele ponto fora do mundo
p’ra onde tendem as catedrais.
Quer isto tudo – mas, meus senhores:
como é possível fazer viagens
sem um cavalo de várias cores?
Quero um cavalo de várias cores,
quero-o depressa, que vou partir.
Esperam-me prados com tantas flores
que só cavalos de muitas cores
podem servir.
Quero uma sela feita do rasto
dalguma nuvem que ande no céu.
Quero-a evasiva, nimbos e cerros,
sobre os valados sobre os aterros,
que o mundo é meu.
(Reinaldo Ferreira)
![May be an image of 1 person, standing and horse](https://scontent.fpdl1-1.fna.fbcdn.net/v/t39.30808-6/261786561_4772832872779415_3395632744710225213_n.jpg?_nc_cat=105&ccb=1-5&_nc_sid=730e14&_nc_eui2=AeEGYZQjC8ZAN8bK-VPW-Tw72VjnNQITY7TZWOc1AhNjtBpeJgyE2Vh2aQNk3srwd4A&_nc_ohc=E-16NeCkgJ8AX-h7u5D&_nc_ht=scontent.fpdl1-1.fna&oh=25c00010f340b082d15d1675bf252402&oe=61A9361E)
4 comments
1 share
Like
Comment
Share
4 comments
- Audrey De MattosQue poema lindo!
1
- Like
- Reply
- 12 h
- Rui AmadoEu gosto muito da poesia do Reinaldo Ferreira. Pesquisa-o. Filho de um jornalista e autor de histórias policiais (seu homónimo, conhecido por Repórter X), nasceu na Catalunha e depois acabou por fixar residência em Moçambique.