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O apocalipse zombie afinal chegou mesmo.
A era dos mortos vivos está aí! Estamos a vivê-la.
A era das pessoas que não percebem que a morte é a primeira premissa da vida; a era dos que preferem emparedar-se vivos numa existência patética de aspirações assépticas: é o que vivemos hoje!
Tempos impensáveis, inimagináveis, de puras imposições ditatoriais que, para muitos, são tão naturais como a sua incapacidade de perceber que ao dizerem sempre “ámen” nos estão a condenar a todos.
Para muitos faz sentido que o estado os “proteja” com limitações de direitos que deveriam ser quase sagrados.
Para muitos sabe bem a inércia laboral, o laxismo apático, de rendimento garantido, e saboreiam a supressão dos seus mais básicos direitos com a estupidez de ovelha a sentir-se protegida pelo lobo.
A era dos zombies está aí e cabe-nos a nós, os que ainda estamos vivos, lutar por repor algo que nunca poderia ter-nos sido retirado: o direito de viver! O direito de trabalhar, sustentar-nos, circular, respirar.
Nós, os que ainda estamos vivos, temos que salvar-nos a nós, aos nossos e aos outros; temos que munir-nos de uma paciência infinita para não perdermos a calma face à ignorância e temos, acima de tudo, de impedir que o assassinato dos nossos direitos mais básicos continue a efectivar-se, levianamente e sem consequências para os nossos carrascos.
Não podemos compactuar mais com medidas ilógicas, ineficazes para o propósito que dizem ter, gravemente nefastas para a saúde económica, física e mental de cada cidadão e do país inteiro!
Temos que salvar os zombies, esse séquito feliz deste poder cada dia mais despótico, do seu infundado medo: haverá sempre infectados! Mas, calma, agora os números de internados e mortos chegaram, proporcionalmente, a percentagens irrisórias, patéticas até (3641 novos casos e 5 mortos num dia equivale a uma percentagem de mortalidade de 0,0013) face à condenação de mais de 10 milhões à morte em vida!
Não podemos trabalhar, por mais que tenhamos investido, que tenhamos assumido compromissos, que tenhamos famílias inteiras a depender de nós. Não podemos respirar livremente mesmo quando não há ninguém por perto. Não podemos ter acesso a simples serviços por nós pagos (e bem!) porque está tudo trancado, fechado, a “funcionar” em modo de atendimento agendado para daqui a 4 meses. Não podemos ter acesso a cuidados médicos eficazes e prontos para todos os milhares de casos que, esses sim, causam centenas de mortes por dia!!
O país está adiado para o décimo oitavo mês de dois mil e sabe-se lá quantos. Mas os zombies estão felizes com isso: a comida na mesa não se lhes vai acabar (pensam eles) e as demais alegrias da vida tão-pouco lhes importam muito porque, lá está, já estando mortos não lhes sentem a falta.
Enquanto isso, nós, os vivos, não podemos mais demitir-nos desta luta. Obedecer cegamente a medidas que nos enterram vivos é estarmos a tornar-nos zombies também!
Precisamos de entender e fazer entender que o risco zero não existe. Nem para este vírus nem para nada. Nunca estamos a salvo, nunca. Sobretudo quando o que é suposto proteger-nos nos mata muito mais do que a maleita original.
Ana Amorim Dias
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