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NÓS OS VELHOS – 27.12.2020, Crónica 374
NÓS, os velhos, estamos em fila para um lar que não nos mate, um país que não nos cale as dores, uma vacina que ninguém sabe se morremos da doença ou da cura, uma sociedade que se quer ver livre de nós a qualquer preço, uma família que não quer saber dos sacrifícios que fizemos para que existisse, uma academia que não se interessa e desperdiça a nossa experiência e conhecimentos. O importante é resistir à solidão, às doenças e ao medo. Neste consumismo desenfreado somos cortejados para aparelhos auditivos, elevador de escadas, fraldas descartáveis, como descartáveis da sociedade que nos consome. Como dizia a apache Edna Syn
“um dia a gente aprende que nada é meu, teu, ou nosso, tudo é emprestado. A única certeza, é que um dia, a vida vem e leva tudo de volta. Quando a última árvore tiver caído, o último rio secado, o último peixe pescado, entenderão que o dinheiro não se come.”
Dizia Isabel Stilwell
“Síndrome das Festas,” termo cunhado, em 1955, pelo psiquiatra e psicanalista, James Cattell, para descrever a sintomatologia que muita gente revela nas semanas entre o Thanksgiving, o dia de Ação de Graças, e os primeiros dias de janeiro. Reconhece os sintomas? Ansiedade difusa, sentimento de desilusão, irritabilidade, nostalgia, ruminação amarga sobre experiências negativas do passado, depressão e, ainda, um estranho e frustrante desejo de que todos os problemas se resolvam como que por magia.”
Todos os dias num qualquer lugar de 80 milhões de refugiados, o presépio está vivo. Há milhares de anos escravizados em prisões mentais por elites e sociedades secretas. Keanu Reeves diz
“A Matriz é um Universo Holográfico que aqueles que desejam controlar-nos projetam. A humanidade foi assim reprimida e controlada por milénios. Achamos que é real mas na realidade é apenas um filme que se joga na consciência coletiva apresentando-se como “Realidade.”
Keanu Reeves não é o único a acreditar que a humanidade vive numa matriz há milhares de anos. Algumas das pessoas mais ricas e influentes do mundo estão convencidas de que vivemos numa simulação de computador.
Pelo menos dois dos bilionários em tecnologia do Vale do Silício estão esbanjando dinheiro em esforços para tirar os humanos da simulação em que pensam que vivemos.
Elon Musk acredita que
“A chance de não viver numa simulação de computador tipo Matrix são de “biliões para um.”
A libertação e demonstração de que estamos vivos, depende de nós lutarmos contra a Humanidade que se ocupa de Kardashian e Big Brother, o entorpecimento mental que a todos aniquila.
Não podemos aceitar ser tratados como dispensáveis, descartáveis, trapos velhos, como a sociedade nos quer tratar. Temos sentimentos, temos vida, temos sonhos, independentemente da idade e merecemos respeito por lutar contra a tecnologia e a IA (inteligência artificial) que quer fazer de nós rodas dentadas incompatíveis com a nova engrenagem do mundo.
Resistamos ao vírus e ao medo que se apodera de todos, vivamos a vida que nos resta com dignidade sejamos açorianos com orgulho, independentemente de aqui termos nascido ou vivido. Velhos seremos todos, mas só é açoriano quem o sente.
A desesperança em que vivo é mais do que justificada pela necessidade de colocar letreiros como este nos EUA: